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Cinco dicas para tomar boas decisões

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Por Uranio Bonoldi (*)

Enquanto eu estou digitando esse texto, cerca dos 15 a 20 mil dos pensamentos que um adulto tem por dia estão passando pela minha cabeça. E mais! Se fosse esse um dia estressante, esse número poderia chegar aos 70 mil em apenas 24 horas.

Ao mesmo tempo em que passamos quase metade dos nossos dias dedicados ao que nossa mente produz, são poucas as oportunidades que temos para nos concentrar em uma única tarefa e relaxar. Quantas vezes você está trabalhando no computador, recebe uma mensagem e ‘plim’. Lá se vão o raciocínio e a atenção?

Muitas vezes, somos obrigados a processar uma série de informações, que levam nossos afazeres do dia a dia ficarem difíceis pelo stress do excesso de informações e pela falta de foco ou distrações. Pelo mesmo motivo, o processo de escolhas e tomada de decisão também fica bastante prejudicado.

Apenas um pequeno reforço do que estou querendo dizer: um estudo realizado em Harvard, em 2017, analisou o cérebro de dois grupos distinto de pessoas – um com o hábito de meditar e outro que não meditava. Como resultado, a pesquisa revelou que os participantes que já meditavam tinham uma quantidade maior de substância cinzenta em regiões sensoriais, o córtex auditivo e sensitivo. Ou seja, indivíduos com mais massa cinzenta são mais atentos, focados e conseguem tomar melhores decisões por estarem mais conectados com a tarefa.

Claro que não é só a meditação que pode te ajudar a fazer melhores escolhas. Atividades lúdicas que priorizam o bem-estar e permitem que relaxemos e que não tenhamos que decidir em momentos de tensão melhoram (e muito) esse processo na hora de bater o martelo – principalmente nas decisões mais difíceis, que exigem maior cuidado, maior reflexão e discernimento.

Algumas pequenas mudanças em sua rotina podem tornar sua vida mais fácil, sem exigir de você grandes esforços. Tente começar por pequenas escolhas e você vai perceber que ficará mais fácil administrar sua rotina (e as suas decisões). Vamos a algumas delas:

1 – Meditação

Eu sei que já mencionei a prática acima, mas queria reforçar ainda mais o benefício dela para o seu dia-a-dia. Com apenas 15 minutos diários de meditação, o praticante consegue tomar uma decisão mais consciente, além de observar uma redução dos níveis de ansiedade e stress.

2 – Exercite-se mais

Fazer exercícios físicos e ter uma vida mais ativa é o maior bem que você faz para o seu corpo e mente. Escolha a atividade que mais te agrada e use esse momento para reflexão. Pense naquela decisão que você tem que tomar e que está tirando o seu sono. Atividades aeróbicas são as mais indicadas para esses momentos.

3 – Cuide do seu bem-estar

Seu corpo e sua mente estão interligados. Por isso quando o corpo se sente bem, sua mente também se sente bem. Exercitar-se, dormir o suficiente e ter uma alimentação saudável devem ser prioridade na sua vida. Se você não tiver tempo para isso, tire um tempo. Você deve isso a si mesmo. Quando o corpo e a mente estão cansados, você não tem a energia para pensar no que é bom para si mesmo. Por isso, priorize o seu sono e faça suas escolhas com corpo e mente descansados e relaxados. Boas escolhas e decisões bem posicionadas e conscientes, dependem de você dormir bem.

4 – Leia mais livros e assista a mais filmes

Reserve um tempo do seu dia para fazer uma boa leitura ou assistir a um bom filme. Esses períodos de relaxamento para a mente te ajuda a, posteriormente, refletir sobre aquela decisão que há tanto tempo pode estar te incomodando.E se você quiser uma dica de leitura que tem tudo a ver com o tema e pode te ajudar nesse processo, deixo aqui como sugestão o meu livro recém-lançado, o ‘A Contrapartida’. A obra é um thriller e traz a história baseada em assassinatos em série que ocorrem em um ambiente de misticismo e suspense. Como pano de fundo, o livro destaca a importância das escolhas e decisões, bem como as consequências geradas por elas.

5- De preferência, tome suas decisões mais importantes pela manhã

Esse é o momento que você vai estar fisicamente e emocionalmente mais descansado. Tomar uma decisão cansado ou exausto definitivamente não é bom. À noite, após uma jornada de trabalho, além de sua mente estar cansada, ela está contaminada por uma série de eventos que você teve de lidar ao longo do dia. Decisões difíceis e de impacto não devem ser tomadas sob este cenário, pois você pode deixar passar uma série de elementos importantes de serem avaliados na reflexão a ser feita para sua escolha e tomada de decisão.Então, para fechar toda essa linha de raciocínio apresentada aqui: se alguma escolha grande aparecer, descanse antes de tomar a decisão, aquietando a sua mente e reduzindo sua ansiedade.

(*) Uranio Bonoldi é consultor, palestrante e escritor. Autor do livro “A Contrapartida”, tem um canal no Youtube, o “Poder de Decisão” e Instagram.

(Foto/Ilustração: Arquivo)

 

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