Início Cidade e Região Londrina corre risco de uma epidemia de sarampo?

Londrina corre risco de uma epidemia de sarampo?

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Para apresentar aos profissionais de saúde uma atualização sobre o sarampo e os riscos de uma epidemia da doença no país e na cidade, a Diretoria de Vigilância em Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde, realizou uma reunião de estratégica, no SESC Norte.

Foram convocados todos os representantes da 53 Unidades Básicas de Saúde (UBS), das duas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e dos três Pronto Atendimentos (PA) de Londrina. Cerca de 80 funcionários participaram do encontro, onde foram apresentadas as características da doença, os números atualizados, as medidas de bloqueio, o fluxo de atendimento e puderam ser sanadas as dúvidas relacionadas ao assunto. A intenção foi manter os profissionais de saúde informados sobre os procedimentos que devem ser tomados.

A reunião de atualização vem ao encontro do reaparecimento da doença no Brasil. Segundo os números atualizados, até o momento, foram notificados 3.367 casos de sarampo no Brasil, sendo que 317 se confirmaram, 146 foram descartados e outros 2.904 estão em investigação. No Paraná, ainda não há casos confirmados da doença, porém no Rio Grande do Sul foram constatadas sete pessoas com a doença, uma em São Paulo, quatro no Mato Grosso, duas no Rio de Janeiro, 200 em Roraima e outras 263 no Amazonas.

Para a médica e gerente de Vigilância Epidemiológica, Fátima Tomimatsu, a grande maioria dos casos que estão em análise devem se confirmar em breve. “O sarampo é uma doença grave, debilitante e com alta infecciosidade. De todas as notificações de casos suspeitos, apenas cerca de 10% são descartados e o restante acaba se confirmando, por isso estamos nos precavendo e planejando as ações que serão tomadas para o bloqueia da doença”, explicou a diretora.

O sarampo é de fácil transmissão e seu contágio se dá pelo ar, visto que é uma virose de transmissão respiratória. Ela pode atingir tanto crianças quanto adultos. Os sintomas mais comuns são febre alta, conjuntivite associada, mal-estar, e tosse seca e persistente. Após três dias de febre alta, em média, surgem manchas avermelhadas pelo corpo e durante cerca de 7 dias, o paciente fica convalescente. Ela não tem tratamento específico e pode agravar outras doenças como otite, pneumonia e tuberculose.

Durante o encontro, a diretora de vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Sônia Fernandes, alertou sobre a importância de a população se imunizar, na Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência, visto que o sarampo é uma doença altamente infecciosa e está acometendo os estados vizinhos ao Paraná. “A chance de o sarampo chegar ao nosso estado é de quase 100%, por isso precisamos reaprender como nos comportarmos diante dela, rememorarmos as técnicas e construirmos juntos as estratégias de bloqueio da doença. Não podemos esquecer que ela é uma doença respiratória de fácil transmissão e que a vacina está disponível de graça em todas as Unidades Básicas de Saúde”, disse.

Vacinação – Acredita-se que as pessoas que já tiveram sarampo uma vez e as que foram vacinadas estejam imunizadas. A vacina é recomendado para crianças acima de 1 ano de idade e para adultos menores de 50 anos. Ela é distribuída gratuitamente em todas as Unidades Básicas de Saúde de Londrina. Para tomá-la, basta levar a carteira de vacina até a UBS mais próxima de sua residência.

Para o cidadão saber se já recebeu esta imunização, basta verificar na carteirinha o registro da vacina Tríplice Viral, que imuniza contra o sarampo, a caxumba e a rubéola. O sarampo já foi uma das principais causas de morte de crianças no Brasil. As pessoas que forem viajar para as regiões com índices positivos da doença devem procurar se vacinar com 15 dias de antecedência.

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