Início Cidade e Região Varejo de Londrina cresceu mais de 9% no primeiro semestre

Varejo de Londrina cresceu mais de 9% no primeiro semestre

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O varejo paranaense acumulou alta de 5,13% no primeiro semestre, de acordo com a Pesquisa Conjuntural da Fecomércio PR (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná). Londrina apresenta o segundo melhor desempenho, com alta de 9,18%, incentivado pelos setores de veículos, lojas de departamentos e materiais de construção.

O faturamento das concessionárias de veículos e materiais para construção concentrou o maior crescimento do período no Estado, com aumento de 33,29% e 13,43%, respectivamente. O mês de junho foi 2,47% melhor do que o mesmo mês de 2017.

Na comparação com maio, as vendas do varejo foram 0,68% menores, em função da paralisação dos caminhoneiros. O setor de combustíveis acumulou queda de 11,15% de janeiro a junho e teve redução de 28,19% na comparação com junho de 2017.

Em Londrina, o desempenho das lojas de departamentos chamou a atenção. Segundo a pesquisa, o setor registrou alta de 16,37% no acumulado do ano e de 22,65% na comparação com junho do ano passado. Para a coordenadora de pesquisas da Fecomércio PR, Priscila Andrade, o resultado consolida a retomada de crescimento iniciado no segundo semestre do ano passado.

“Elas (lojas de departamento) sofreram muito com a crise, mas esboçaram melhora a partir de agosto de 2017, assim como as concessionárias. Esse crescimento também é influenciado pelo acesso ao crédito facilitado e os parcelamentos”, explicou a coordenadora.

O setor de vestuário e tecidos (11,8%) também registrou alta em junho, ante ao mesmo mês de 2017, mas acumula queda de 1,86% no semestre. O segmento de calçados amarga queda de faturamento de 7,17% de janeiro a junho.

Para o presidente do Sincoval (Sindicato do Comércio Varejista de Londrina e Região), Ovahanes Gava, depois de um ano de enxugamento nas contas, a confiança do consumidor voltou e há uma retomada no consumo, principalmente de bens duráveis. “Percebe-se maior confiança do consumidor para comprar produtos de maior valor. E, em um efeito cascata, vamos obter reflexos positivos para os bens de menor valor também”, comentou Gava.

Na avaliação de Gava, a alta no faturamento das lojas de departamentos está relacionada, em primeiro lugar, a variedade de produtos ofertados e, em segundo, as promoções. “Às vezes, a pessoa vai comprar um calçado e sai com um micro-ondas”, exemplificou.

Como empresário, Gava afirmou que o sentimento é de positividade para o segundo semestre. “Estamos confiantes na recuperação da economia e com o futuro que vem ai com as eleições”, comentou.

O vice-presidente da ACIL (Associação Comercial e Industrial de Londrina), Fernando Maurício de Moraes, o balanço positivo do semestre é bom, mas “não está aquela maravilha”. “A base não é muito boa. A Copa do Mundo ajudou no segmento de TVs e veio agregado os estofados e a telefonia continua estável”, disse. No comparado com junho de 2017, o segmento de móveis, decoração e utilidades domésticas teve alta de 15,25%. Mas registrou retração de 3,11% de janeiro a junho.

Segundo ele, as altas temperaturas atrapalharam o varejo de vestuário. “Não vendeu a linha de verão por causa das chuvas, e o inverno tardio está segurando as vendas de roupas de frio. O setor de roupa está sofrendo muito”, comentou o vice-presidente da ACIL.

REFORMAS
Os comerciantes de materiais de construção começam a ver a luz no fim do túnel, comentou Sandra Batista do Nascimento, presidente da Acomac Londrina (Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção). Segundo ela, os clientes estão retomando obras que estavam paradas e desengavetando projetos de reformas.

“O setor de acabamentos também está vendo os reflexos. Percebemos que o cliente quer trocar o piso, comprar louças novas para o banheiro, reformar a casa. A procura por acabamentos está grande”, afirmou Nascimento. A presidente lembra que o comerciante teve um 2017 difícil, com queda das vendas e inadimplência alta. “Agora, estamos vendo um pouco de luz”, disse.

Ela comentou ainda que o comércio está sofrendo com o custo do frete. “As empresas não querem passar os preços com frete. Estamos que arcar com os custos. Para driblar esse problema, estamos trocando alguns itens, trabalhando com marcas diferentes. Tudo para não repassar o custo para o cliente”, afirmou.

EMPREGO 
O comércio do Paraná manteve o número de postos de trabalho no primeiro semestre, com 0,16%. As lojas de departamentos (10,19%), farmácias (6,05%) e materiais de construção (5,19%) foram as que mais contrataram no período. As regiões Oeste (6,01%) e Ponta Grossa (1,74%) foram as únicas com saldos positivos de empregos.

Já a remuneração dos trabalhadores do comércio teve aumento de 3,35% no acumulado de janeiro a junho, principalmente nos setores de lojas de departamentos (16,07%), óticas-cine-foto-som (11,65%), calçados (9,93%) e supermercados (8,97%). (Acil/Divulgação)

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