Boa notícia: caem casos de dengue, mas estado de atenção continua

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulgou um balanço das ações realizadas pela Prefeitura de Londrina no enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti. Os resultados evidenciam que as medidas provocaram uma redução significativa nos números de casos registrados, em comparação ao ano passado. Entre janeiro e junho de 2024, foram registrados 39.526 casos confirmados, com 52 óbitos. Em 2025, no mesmo período, foram contabilizados 3.390 casos confirmados e sete óbitos.

Uma das principais iniciativas do Município é o Dia D de Combate à Dengue, realização da SMS em parceria com a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU). Em 2025, até junho, os trabalhos contemplaram cerca de 20 mil imóveis, em 16 bairros distintos. Foram recolhidos também, cerca de 1,5 milhão de toneladas de materiais inservíveis, que são destinados ao Aterro do Limoeiro, na região leste.

Conduzido periodicamente, em diferentes bairros, o Dia D de Combate à Dengue busca ampliar as medidas de prevenção à doença e orientar sobre o descarte adequado de objetos que possam se tornar criadouros do mosquito. As equipes da SMS são responsáveis pelas visitas às casas, bem como o fornecimento de orientações à população sobre as formas de combate ao Aedes aegypti. Por sua vez, a CMTU realiza o recolhimento de entulhos e materiais inservíveis. No momento, o bairro contemplado pelos trabalhos é o Jardim Nova Esperança, na região sul de Londrina. A SMS atua na região entre hoje (13) e amanhã (14).

Além disso, o balanço destaca que, até o momento, as ações de vacinação contra a dengue já registraram 5.686 doses aplicadas em crianças de 10 a 14 anos.

O gerente de Vigilância Ambiental da SMS, Nino Ribas, reforçou a importância da atuação do Município para a diminuição de casos. “As atualizações implementadas nas ações de controle do vetor têm demonstrado resultados positivos, especialmente com a ampliação do monitoramento por ovitrampas para 100% da área urbana e dos distritos. Outra medida importante é a utilização de tecnologias inovadoras, como drones, para a identificação de criadouros. Essas ações têm permitido uma vigilância mais precisa e ágil, contribuindo para a redução dos índices de infestação”, destacou.

Ribas falou, também, sobre a importância de manter o foco nessas ações durante todo o ano, mesmo que o mosquito se reproduza com menor frequência em baixas temperaturas. “É importante reforçar que estamos lidando com um organismo vivo, dotado de grande capacidade adaptativa, tanto às condições climáticas, quanto às intervenções humanas. Essa característica exige vigilância constante, atualização das estratégias e flexibilidade nas ações de controle vetorial”, afirmou.

Neste ano, as ações executadas pela Prefeitura contam com atualizações e parcerias relevantes. Dentre as principais mudanças, destaca-se a colaboração com a Universidade Estadual de Londrina, que contribui com estudos operacionais, análises laboratoriais de amostras entomológicas e capacitações voltadas à qualificação das equipes de campo.

O uso de drones para o monitoramento de criadouros também foi adotado. A iniciativa permite um maior controle da proliferação do mosquito em locais de difícil acesso, como telhados, áreas industriais, imóveis abandonados e terrenos extensos.

Além dessas novidades, a SMS efetuou o fortalecimento do método Wolbachia, que consiste na liberação do mosquito Aedes Aegypti com a bactéria introduzida em seu organismo. A Wolbachia impede que os vírus da dengue, Zika, chikungunya e febre amarela urbana se desenvolvam dentro do inseto, contribuindo para a redução da transmissão destas doenças.