Londrina se prepara para dar um salto rumo a um novo ciclo de industrialização. Nos dias 8, 11, 12 e 13 de novembro, o Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel) irá leiloar 52 lotes da Cidade Industrial, condomínio industrial em construção às margens da Avenida Saul Elkind, na região noroeste, próximo ao limite com Cambé. As obras da Cidade Industrial estão próximas a 70% da conclusão.
Os terrenos foram divididos em quatro grupos e sorteados para quatro leiloeiros credenciados pelo Município. Para participar do leilão, as empresas precisam se habilitar nos sites dos leiloeiros. Os documentos necessários estão relacionados no edital de licitação, que pode ser baixado aqui. O credenciamento deve ser feito até 24 horas antes do início do leilão do grupo que a empresa pretende disputar.
O grupo número 1 terá a maior parte dos lotes. São 30 no total, e este leilão será no dia 8. Neste grupo, concentram-se os terrenos menores, com pouco mais de 2 mil metros quadrados. Os lances poderão ser apresentados a partir das 9h, no site www.ricardogomesleiloes.com.br .
O leilão do grupo 2, que terá 13 terrenos, está marcado para o dia 13, a partir das 9h, no https://www.nakakogueleiloes.com.br. Já o do grupo 3, com seis terrenos, será dia 11, com início às 10h no https://alleiloes.com.br/. Por último, o leilão do grupo 4, que concentra os três maiores terrenos, será no dia 12, a partir das 10h.
Um terreno por vez
Dentro dos quatro grupos, cada terreno será leiloado separadamente. As ofertas para uma determinada área só terão início depois que a anterior for arrematada.
As empresas podem se inscrever para concorrer em mais de um grupo, mas o edital impede que elas arrematem mais do que um lote entre os 52. Por isso, a cada terreno arrematado, seu vencedor será retirado da lista de participantes habilitados para os terrenos subsequentes.
Vence quem fizer a maior oferta.
Caso haja áreas remanescentes nesta primeira etapa do leilão, uma segunda rodada deverá ser realizada ainda neste ano.
Quem pode participar
Em uma primeira etapa, o leilão dará exclusividade às indústrias das cinco áreas prioritárias para o desenvolvimento de Londrina, definidas num estudo realizado em 2017 pela Fundação Certi. São elas: Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), Agronegócio, Saúde, Eletrometalmecânico e Químico e Materiais.
Os sistemas eletrônicos só vão aceitar o credenciamento de empresas que tenham pelo menos um código da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) destas atividades.
Caso não sejam arrematados todos os lotes, haverá uma nova etapa do leilão no qual outros segmentos poderão participar, desde que atendam às normas de zoneamento da região que pertence à Bacia Ribeirão Jacutinga, responsável pelo abastecimento da cidade de Ibiporã.
36 meses para pagar
Os terrenos podem ser pagos em 36 meses, sem juros. As parcelas são corrigidas apenas pelo índice oficial da inflação, o IPCA. E a carência para o começo do pagamento é de seis meses. Quem optar por pagar à vista tem desconto de 10%. As empresas ficarão isentas de IPTU por 10 anos.
Os 52 lotes têm tamanhos variados, de 2.010 metros quadrados a 22.723 metros quadrados. “No início do projeto, eram 88 lotes. Mas alguns foram agrupados de maneira a oferecer áreas maiores no leilão, atendendo a uma demanda do mercado por essas áreas”, afirma Cavazotti.
Iniciativa histórica
É a primeira vez que Londrina entrega um parque industrial com toda a infraestrutura necessária para as empresas se instalarem. Também é a primeira vez que o Município se utiliza de leilão para alienar imóveis com vistas ao desenvolvimento econômico. A modalidade está prevista na nova Lei de Licitações (Lei 14.133/2021).
A Comissão Permanente de Avaliação da Prefeitura do Município de Londrina avaliou o metro quadrado da Cidade Industrial em R$ 363,46. Considerando os incentivos oferecidos pela Prefeitura, com o desconto de 50% (máximo previsto na lei municipal 5.669), o preço inicial do metro quadrado será de R$ 181,73.
Ao todo, serão alienados 250.876 metros quadrados. Portanto, a arrecadação com o leilão será de mais de R$ 45,5 milhões.
O dinheiro obtido irá para o Fundo Municipal de Incentivo ao Desenvolvimento Econômico e Industrial (FMIDEI), criado pela lei 13.701, que também autorizou a alienação da área. A proposta é reinvestir os valores na aquisição de novas áreas a serem destinadas à atração de mais empresas. “O fundo foi criado com a finalidade de financiar ações voltadas ao desenvolvimento do setor econômico e industrial do Município”, conta Cavazotti.
6 mil empregos diretos e indiretos
A Cidade Industrial está com cerca de 65% das obras concluídas e deve ser inaugurada em dezembro. As empresas que vencerem o leilão terão 12 meses para começar a construir e 24 meses para dar início às atividades.
Elas vão gerar mais de 2 mil empregos diretos e outros 4 mil indiretos. “Temos uma expectativa muito boa porque já fizemos um cadastro prévio e mais de 200 empresas de Londrina e de outras cidades demonstraram interesse em adquirir lotes”, informa o presidente da Codel.
Ele ressalta a importância de Londrina acelerar seu processo de industrialização. “A indústria tem um poder muito grande de fazer a economia crescer. Desde 2006, o Município não fazia uma alienação de áreas como essa que estamos fazendo agora.” (Fonte: Codel/Assessoria de Imprensa)