Neste ano, as compras com presentes de Natal devem injetar R$ 185 milhões na economia de Londrina. O resultado é reflexo do entusiasmo dos consumidores pelas promoções da Black Friday, a baixa inflação e o aumento da intenção de compras de presentes. No entanto, o consumidor continua econômico no momento da compra.
“Aos poucos o cenário econômico vem se movendo positivamente, os consumidores estão mais cautelosos e exigentes com seus investimentos, mas ao mesmo tempo não querem deixar de consumir. Precisamos aproveitar esses períodos de maior otimismo para levá-los a prestigiar o comércio local, com bons atrativos, ofertas e atendimento”, ressalta o presidente da ACIL, Fernando Moraes.
Segundo pesquisa encomendada pela ACIL, 71,9% dos londrinenses entrevistados devem realizar compras natalinas.
Aqueles que não irão investir em presentes (28,1%) justificaram como motivo a situação financeira (44,7%), não comemora o Natal (11,8%), falta de pessoas para presentear (11,8%), entre outras justificativas como desinteresse e prioridades diferentes.
O levantamento também revelou que o valor médio que cada consumidor deve gastar com o total de presentes é de R$ 595,41. Já o valor gasto por presente é de R$ 106,68.
Dos entrevistados, 82,1% também informaram que pretendem gastar com alimentos e bebidas de final de ano. O valor médio investido nesses itens é de R$ 348.
Cada consumidor deve presentear cerca de cinco pessoas, ficando em primeiro lugar os filhos (53,5%), pai/mãe (51,2%), marido/esposa/companheiro (44,7%), sobrinhos/afilhados (26,7%), irmãos (22,6%) e namorado (13,4%). Os demais responderam amigos, sogros, netos e avós.
Os consumidores também devem estar mais atentos na hora de investir no comércio, segundo a pesquisa da ACIL. 76,5% dos londrinenses que sairão em busca de presentes informaram que pretendem realizar pesquisa de preço antes de efetuar a compra.
Já em relação aos requisitos mais importantes na hora de escolher o produto, os consumidores citaram preço (60,6%), qualidade do produto (29,8%), atendimento (27,8%), gostar do produto (4%), descontos (2,3%), além de condição de pagamento, localização e comodidade.
A maioria das compras deve ser feita em shoppings centers (67,3%), seguida das lojas de rua da região central (37,8%), internet (16,1%), lojas de rua dos bairros (13,8%), galerias ou centros comerciais (4,6%) e outras cidades.
Entre as opções de presentes que mais se destacaram no levantamento estão roupas/vestuário (79,3%), brinquedos (50,7%), chocolates/alimentos (39,6%), calçados (35,5%), perfumaria (31,3%), livros (12,9%), bijuterias e acessórios (12,4%), objetos de casa e decoração (12,4%), eletrônicos (10,1%), seguido de relojoaria, celulares, eletrodomésticos e outros.
Sobre as formas de pagamento, em primeiro lugar ficou a modalidade à vista em dinheiro/cheque (47,9%), parcelado no cartão de crédito (37,8%), cartão de débito (24,9%), à vista no cartão de crédito (18,9%) e crediário (2,3%).
Dos consumidores que irão parcelar as compras no cartão de crédito, 42,7% afirmaram que farão em três vezes, 18,3% responderam duas vezes, 17,1% disseram quatro vezes, 7,3% escolheram cinco vezes e os demais farão o pagamento em mais parcelas.
Horário estendido
A pesquisa encomendada pela ACIL ainda revelou que para 67,3% dos entrevistados a abertura do comércio de rua nos dias de semana à noite e no sábado à tarde facilitaria as compras de Natal, sendo que 49,3% devem ir em busca de presentes no período noturno, enquanto 33,2% sairão à tarde, 15,7% pela manhã, 6,9% na hora do almoço e 6,5% quando tiver disponibilidade.
Outro dado importante diz respeito à sensibilização do consumidor nesta época do ano. Para 61,8% deles, as programações artísticas e a decoração natalina seriam fortes incentivos para levá-los a prestigiar o comércio local.
13º salário e FGTS
Segundo apurou o levantamento, 58,9% dos entrevistados recebem o 13º salário e aproveitarão os recursos para poupar (34,8%), enquanto os demais irão pagar dívidas (27%), utilizar nas compras de Natal (12,9%), viajar (9%), gastar nas festas de fim de ano (5,6%), pagar despesas e impostos de início do ano (4,5%), entre outros investimentos como gastos pessoais.
Já os entrevistados que realizaram o saque imediato do FGTS (28,5%) preferiram usar o dinheiro para pagar contas/dívidas (51,2%), guardar/poupar (30,2%), fazer compras em geral (3,5%) e os demais irão utilizar com gastos pessoais.
Para 2020, os consumidores entrevistados mostraram-se otimistas com a retomada do cenário econômico brasileiro, sendo que 70,5% responderam que irá melhorar, 17,5% disseram que deverá se manter igual e 11,9% acreditam que vai piorar.
A pesquisa encomendada pela ACIL foi realizada pela Litz Consultoria entre 12 e 25 de novembro e foram entrevistadas 302 pessoas residentes na cidade, sendo 52% mulheres e 48% homens. (Fonte: Acil)
* Nas questões em que a soma dos números ultrapassa a margem de 100%, os entrevistados puderam escolher mais de uma alternativa como resposta.