Mais de 400 pessoas, entre estudantes, profissionais e autoridades, participaram do 3º Fórum Norte Paranaense de Gestão de Resíduos Sólidos e 1º Fórum Brasileiro sobre a temática, realizado nos dias 5 e 6 de novembro, das 8h às 18h, na Unicesumar, em Londrina. O evento contou com a participação de palestrantes e convidados internacionais. No total, foram 437 participantes, além de 81 catadores de materiais recicláveis capacitados e outros 47 profissionais de 17 municípios. Como contrapartida social das inscrições gratuitas, foram arrecadados 100 kg de alimentos, doados para a Casa das Mães Unidas em Londrina.
“Foi um evento histórico e que transformou Londrina na capital das discussões sobre a gestão de resíduos sólidos. E isso nos mostrou o quanto ainda precisamos avançar. Falamos sobre os problemas e desafios enfrentados, alguns semelhantes entre países como Brasil, Portugal e Suécia. Mas, também, apresentamos soluções e alternativas, que podem ser compartilhadas entre essas experiências internacionais”, ressalta Marcos Rodrigues, presidente da Associação Norte Paranaense dos Engenheiros Ambientais (ANPEA), realizadora do evento ao lado do CREA-PR, em parceria com o Sebrae-PR, com patrocínio do CONFEA e Mútua-PR e o apoio da Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Serviços e da Associação Paranaense dos Engenheiros Ambientais (APEAM).
Paulo Praça, da Associação para a Gestão de Resíduos (ESGRA), de Lisboa, em Portugal, afirma que ambos os países têm muito o que compartilhar. “Portugal e Brasil têm muito trabalho que pode ser desenvolvido nesta área de cooperação institucional, por isso é um gosto vir aqui transmitir um pouco da experiência portuguesa e aprender também com os colegas brasileiros”, ressalta. Já Sandra Lindblom, da SWEPA, aponta que as discussões trazem novas possibilidades. “Isso não apenas elimina o problema, mas, na verdade, transforma o problema em grandes oportunidades em termos de reciclagem, geração de empregos e todas essas coisas que são tão importantes.”
Uma das convidadas internacionais foi Hanna Zanatta, doutoranda na Divisão de Tecnologia e Gestão Ambiental da Universidade de Linköping, na Suécia. “Vim para apresentar um pouco sobre a adaptação e implementação do sistemas de biogás dentro do contexto de tratamentos de resíduos sólidos orgânicos.” Já para Thiago Olinda, coordenador de Gás, Biocombustíveis e Hidrogênio da Superintendência-Geral de Gestão Energética (Supen), vinculada à Secretaria do Planejamento (SEPL) do Paraná, o evento é “uma oportunidade de conhecermos tanto problemas, mas, também, soluções a nível nacional e internacional”.
Após todas as palestras, painéis e apresentações, a conclusão de Hugo Pedrosa Latorre, da Environmental Protection Agency (Agência de Proteção Ambiental) da Suécia é uma só: “Precisamos ser mais responsáveis ao decidir quais materiais devem entrar no mercado e quais devem ser evitados. Um foco especial deve estar em evitar o uso de plásticos descartáveis”, diz.