O coordenador de Desenvolvimento Empresarial da Fecomércio PR, Rodrigo Schmidt, reitera que o Natal é a melhor data de vendas do comércio e que, com a intenção de presentear em alta e aumento do tíquete médio, as expectativas dos varejistas são positivas. “A principal data do varejo nacional promete ter um bom desempenho para os comerciantes paranaenses. A intenção de presentear no Natal cresceu em relação ao ano passado, bem como o tíquete médio. A compra pela internet se iguala pela primeira vez ao comércio de rua na série histórica da pesquisa, e a compra em shoppings também se destaca comparativamente ao levantamento anterior”, explica.
Com um tíquete médio de R$ 337,96, os gastos dos paranaenses devem ser 4,8% maiores esse ano. Em 2022, a média de gastos com presentes foi de R$ 322,36. Grande parte dos consumidores (33,8%) vai gastar entre R$ 201,00 e R$ 500,00 na compra dos presentes; 27,1% vão dispender entre R$ 101,00 e R$ 200,00 e 22,1% pretendem gastar somente até R$ 100,00. Os que planejam investir um pouco mais, entre R$ 501,00 e R$ 1.000,00 somam 11,7% e 5,3% vão gastar mais de R$ 1.000,00 em presentes.
Entre as principais alternativas de presentes, itens de vestuário serão os mais escolhidos, com 57,5%. Os brinquedos devem corresponder a 42,8% das preferências. Perfumes e cosméticos serão opções de presentes para 19,1%, bem como calçados (16,4%), lembrancinhas e artesanato (13%) e joias, relógios e acessórios (9,4%).
Uma parcela de 16,3% não comprará presentes, sobretudo por dificuldades financeiras ou por estar desempregado.
Local das compras
O comércio de rua e a internet serão os principais locais de compra, com 46,5% de citações cada. As lojas de shopping também receberão grande movimento este ano, com 44,8%, sendo que no ano passado receberam 23,9% do volume de compras.
Formas de pagamento
O pagamento à vista será a modalidade preferida para 67,2% dos consumidores do estado, somando as modalidades pix, dinheiro e cartão de débito. As compras parceladas ou no vencimento do cartão de crédito corresponderão a 32,8%. Em comparação ao ano passado, verifica-se aumento de 57,4% nos pagamentos por pix e em dinheiro.
Influência na compra
Neste ano, o preço baixo será um dos fatores mais importantes na decisão de compra, com 25,7%, seguido pela qualidade do produto, com 22,3%, e pelo atendimento do vendedor, com 20,6%. Para o coordenador de Mercado Empresarial, Comércio e Varejo do Sebrae/PR, Luiz Antonio Rolim de Moura, a época é ideal para utilizar novas estratégias e investir no relacionamento com os clientes.
“É importante pensar em facilitações que gerem proximidade com os clientes. A utilização de tecnologias para tornar o pagamento mais prático, por exemplo, além de uma lógica de sugestões de produtos, promoções pensadas de acordo com o perfil do consumidor e, claro, com uma ampla divulgação nos canais de contato que tem com o seu público, como redes sociais e WhatsApp”, aponta.
Rolim lembra que a experiência do cliente favorecerá o retorno nos próximos Natais e datas especiais.
“É um momento em que podemos conectar de forma emocional com nossos clientes e, nisso, o atendimento é um diferencial. O consumidor precisa se sentir especial sempre que tiver contato com sua loja, seja no dia da compra, pelo digital e no pós- venda”, sugere.
A pesquisa também revela que 31,4% dos paranaenses pretendiam antecipar as compras de Natal durante a Black Friday.
Período da compra
Deve aumentar o número de paranaenses que deixará a compra de presentes para a última hora: 16,8% dos entrevistados afirmam que farão as compras na véspera de Natal, ante 9,5% em 2022. Os que farão suas compras até sete dias antes correspondem a 40,9%, contra 50,7% no ano passado, e os que sairão às lojas de oito a 15 dias antes da data somam 22,8%.
Os que gostam de comprar os presentes com antecedência de 16 dias a um mês representam 10,8% e os que se programam há mais de um mês do Natal são equivalentes a 8,7%.
Pesquisa de preço
Os paranaenses gostam de pesquisar preços antes de fazer suas compras de Natal e 76,6% fazem pesquisas prévias. Neste ano, cresceu a parcela que fará análise de preços pessoalmente, com 34,1%, ante 30,6% em 2022. A pesquisa de preço pela internet caiu em relação ao ano passado, saindo de 50,3% para 42,5%.