Com reservas de lugar esgotadas, acontecem nesta quinta (23), às 19 horas, no Sesc Londrina Cadeião, a exibição de um documentário inédito e o lançamento de um livro que marcam o projeto “A Umbanda na Terra do Café: entre Trajetórias e Histórias para a Construção da Tolerância”.
Gratuitas, as solicitações para participar do evento se encerraram no dia 15. No entanto, o Sesc Cadeião (Rua Sergipe, 52), área central da cidade, tem espaço para acolher, com segurança, interessados no lançamento do livro, previsto para as 20 horas.
Nova sessão do filme está agendada para a próxima segunda (dia 27), às 19 horas, na Sala de Eventos do Centro de Ciências Humanas (CCH), da Universidade Estadual de Londrina. A entrada é gratuita.
O documentário e o livro levam o nome do projeto, idealizado por Chris Vianna responsável pela coordenação geral e editorial. “A Umbanda na Terra do Café: entre Trajetórias e Histórias para Construção da Tolerância” obteve patrocínio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura, o PROMIC, através da proposta nº 21-164.
Diz Chris Vianna: “Foi uma luminosidade repentina a responsável por impulsionar as ações, que culminaram no registro sobre a cultura umbandista em Londrina. Humildemente, acreditamos também ter resgatado os primórdios dessa religião em nossa cidade. Além disso, nós nos dedicamos a colaborar com a transformação do racismo estrutural e a intolerância religiosa, que se manifestam, como um todo, em nossa sociedade”.
Desenvolvido nos dois últimos anos, o projeto contou com a parceria do Laboratório de Estudos sobre Religiões e Religiosidades (LERR), do Centro de Letras e Ciências Humanas, da Universidade Estadual de Londrina (CLCH – UEL).
“A Umbanda na Terra do Café: entre Trajetórias e Histórias para Construção da Tolerância” é uma realização da Atrito Arte Artistas e Produtores Associados (AARPA).
DOCUMENTÁRIO E LIVRO
As imagens do documentário “A Umbanda na Terra do Café: entre Trajetórias e Histórias para a Construção da Tolerância” foram captadas por Carlos Guilherme Loureiro Fortes e Masahiro Manuel Miau (responsável também pelos registros fotográficos). Com 33:09 minutos de duração, o filme foi editado por Artur Ianckievicz e Fran Camilo.
Escrito por Maurício Arruda Mendonça, o livro teve edição de Fábio Giorgio. Mendonça é nacionalmente reconhecido como escritor, dramaturgo, poeta e tradutor. A publicação contém 108 páginas, também preenchidas com material iconográfico registrado por Yashiro Manuel Imazu.
Cada exemplar estará à venda por R$ 50,00. O livro “A Umbanda na Terra do Café: entre Trajetórias e Histórias para a Construção da Tolerância” tem chancela da Atrito Arte Editora e 85% dos mil exemplares serão encaminhados a escolas, bibliotecas, projetos de leitura e formadores de opinião.
Maurício Arruda Mendonça, autor da obra literária, assim se manifesta: “A Umbanda nasceu da instabilidade, da precariedade que macula os segmentos mais humildes e vulneráveis de nossa sociedade, desde sempre perseguida por feitores, senhores de escravos, patrões desumanos, tropas da elite e cristãos intolerantes em púlpitos midiáticos e venais. É uma religião que insiste em pregar a união comunitária, e que se dispõe, por exemplo, em ser lenitiva ao sofrimento dos que a buscam, muitas vezes, como último recurso”.
ENTREVISTADOS
O projeto “A Umbanda na Terra do Café: entre Trajetórias e Histórias para Construção da Tolerância” foi lançado, oficialmente, em 16 de fevereiro de 2022. Entretanto, a produção (levantamento de dados, mapeamento de Casas Umbandistas, visitas aos terreiros e/ou congás e pré-entrevistas com dirigentes) iniciou-se no ano anterior.
É importante frisar que o projeto não abrange a totalidade de terreiros de Umbanda, em Londrina. Trata-se um recorte contemplando 11 congás, cujas escolhas obedeceram a dois critérios.
Inicialmente, houve um levantamento, através de redes sociais e in loco, para identificação de espaços religiosos autodeclarados praticantes do culto umbandista. Num segundo momento, buscou-se a diversidade geográfica de casas umbandistas, localizadas nas cinco regiões (norte, sul, leste, oeste e área central) da cidade.
Foram entrevistados os seguintes dirigentes de terreiros umbandistas:
Pai Caetano de Oxóssi – Terreiro de Umbanda Luz, Amor e Paz (TULAP)
Pai Eduardo Kariya Nishitani – Quintal de Aruanda
Pai Eduardo Torrezan – Centro Espiritualista Caridade e Amor (CECA)
Pai Hélio de Oxóssi -Tenda de Umbanda do Pai Tomás e João Serrador
Mãe Josi de Yemanjá e Pai Sena de Ogum – Terreiro Manoel de Umbanda
Pai Levi – Terreiro Oxóssi das Matas
Pai Luiz Fernando – Congá da Tia Maria Mineira
Mãe Lya D’Xangô e Pai Maycon D’Ogum -Tenda de Umbanda Cantinho dos Orixás
Pai Rafael – Cantinho do Pai João
Pai Roberto de Ogum – Terreiro Ilê Estrela Guia
Mãe Silvana – Casinha da Vovó Maria do Rosário
Pesquisas e entrevistas foram feitas por Beatriz Vianna Boselli, Fernanda de Abreu da Silva e Josiane Araújo.
ENCONTROS E DEBATES
Além da valorização da comunidade umbandista local, e consequente disseminação da pluralidade religiosa, “A Umbanda na Terra do Café: entre Trajetórias e Histórias para Construção da Tolerância” também prestou-se ao árduo trabalho de combater o racismo e a intolerância religiosa.
Por esse motivo, foram realizados dez encontros qualificados e presenciais norteados, inclusive, pelo propósito de repassar conhecimentos a respeito dessa religião.
“Demarcamos um espaço de informação, diálogo e debate sobre a doutrina umbandista, com o intuito de formação cidadã. Isso aconteceu porque articulamos com vários setores da sociedade civil organizada. Visamos, principalmente, o público jovem”, enfatiza Chris Vianna.
Os encontros/debates aconteceram em instituições educacionais, culturais e esportivas, como o CEEBJA Herbert de Souza (Betinho); Colégio Estadual Cívico-Militar Drº. Fernando de Barros Pinto; Escola Estadual Benjamin Constant; Centro de Educação Profissional (CEEP) Professora Maria do Rosário Castaldi, entre outros
BREVE HISTÓRICO SOBRE A UMBANDA
Mesmo sincrética, a Umbanda é considerada uma religião genuinamente brasileira. Teria surgido, oficialmente, no dia 15 de novembro de 1908, num Centro Espírita de Niterói (RJ), provavelmente com vertente kardecista.
Neste dia e neste local, o médium Zélio Fernandino de Moraes (1891-1975) fora convidado para sentar-se à mesa mediúnica. Durante os trabalhos, ele incorporou o Caboclo das Sete Encruzilhadas, entidade de origem indígena, que anunciou as bases de uma nova religião.
De acordo com as determinações do caboclo, a (nova) crença não iria discriminar, como era de praxe nos centros espíritas de várias designações, as mensagens (e manifestações) de falanges indígenas e dos negros escravizados.
O Dia Nacional da Umbanda é celebrado no dia 15 de novembro. A data foi oficializada no dia 16 de maio de 2012, através da lei federal nº 12.644/12.
FONTE: https://www.significados.com.br/tudo-sobre-a-umbanda/
SERVIÇO
Exibição de documentário inédito e lançamento do livro “A Umbanda na Terra do Café: entre Trajetórias e Histórias para Construção da Tolerância”.
Nesta quinta (23.02), às 19 horas, no Sesc Londrina Cadeião (Rua Sergipe, 52), área central de Londrina.
Reservas de lugar gratuitas esgotadas.
O espaço pode acolher interessados no lançamento do livro, às 20 horas
O documentário tem 33:09 minutos de duração.
Nova exibição do documentário acontece no dia 27, na Sala de Eventos do CCH, da Universidade Estadual de Londrina
O livro “A Umbanda na Terra do Café: entre Trajetórias e Histórias para Construção da Tolerância” é de autoria do escritor, poeta e dramaturgo, Maurício Arruda Mendonça.
A publicação contém 108 páginas. Cada exemplar será comercializado a R$ 50,00.
Editora: Atrito Arte.
*85% dos livros serão doados a escolas, espaços culturais e outras instituições determinados pelo projeto.
FICHA TÉCNICA
Texto: Maurício Arruda Mendonça
Coordenação geral e editorial: Chris Vianna
Coordenação do Laboratório de estudos sobre Religiões e Religiosidades da Universidade Estadual de Londrina (LERR – UEL) – Fábio Lanza
Edição, preparação e revisão: Fabio Giorgio
Fotografia e videomaker: Yashiro Manuel Imazu
Projeto gráfico, editoração eletrônica e capa: Marco Tavares
Videomaker: Carlos Guilherme Loureiro Fortes
Edição do documentário: Artur Ianckievicz Fran Camilo
Pesquisas e entrevistas: Beatriz Vianna Boselli Fernanda de Abreu da Silva Josiane Araújo
Assessoria de imprensa: Antônio Mariano Júnior
Assessoria de marketing: Edra Moraes
Criação do site: Rodolfo Ribeiro
Consultoria jurídica: Cely Norder
Realização Atrito Arte, Artistas e Produtores Associados (AARPA)
Parceria Laboratório de Estudos sobre Religiões e Religiosidades (LERR), do Centro de Letras e Ciências Humanas, da Universidade Estadual de Londrina (CLCH – UEL)
Patrocínio: Programa Municipal de Incentivo à Cultura (PROMIC), projeto Nº 21-164)
Site permanente: https://aumbandanaterradocafe.com.br