Londrina recebe pela primeira vez, nesta sexta-feira (19), o projeto de cinema itinerante CineSolar, que mantém o CineSolarzinho, iniciativa voltada à exibição de filmes infantis. Além disso, por meio de oficinas que integram arte, tecnologia e sustentabilidade, o projeto visa promover práticas sustentáveis para o dia a dia, desde a separação de resíduos à reutilização de materiais recicláveis.
O CineSolarzinho funciona através de duas vans, batizadas de Tupã e Mahura, que são adaptadas com placas fotovoltaicas e contém um sistema de conversão de energia e armazenamento, com 20 horas de autonomia. Cada veículo também carrega 110 cadeiras e banquetas para o público, e todo o sistema de som e projeção para o cinema. O projeto surgiu em julho de 2013, sendo o primeiro cinema móvel movido a energia solar do Brasil.
A exibição desta sexta-feira (19) será realizada na Praça Valdemir de Brito, localizada na zona norte de Londrina. Em caso de chuva, a atividade será transferida para o interior da Vila Cultural Flapt (R. Lino Sachetin, 498). A apresentação é gratuita e conta com a distribuição de pipoca grátis. A partir das 18h, serão exibidos curtas metragens nacionais e, na sequência, a atração será o filme Rio 2. O evento de sexta-feira conta com apoio da Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, e o CineSolar é patrocinado pelo Banco BV.
De acordo com a coordenadora e idealizadora do projeto, Cynthia Alario, o tema da energia solar ainda é novo e gera muita curiosidade. “Na visita, todos podem ver o caminho que a luz do sol percorre, desde as placas instaladas no teto da van, os cabos, as baterias, o controlador e o inversor de carga. Tudo fica acessível e as crianças adoram”, destacou.
A programação inclui a apresentação de um curta-metragem especial, produzido pelos estudantes da rede pública de Londrina. O trabalho foi desenvolvido junto aos alunos do Colégio Estadual Professora Ubedulha Correia de Oliveira, no Conjunto Luiz de Sá, durante a Oficinema realizada na última sexta-feira (12), das 14h às 17h, que uniu a linguagem audiovisual à educação ambiental.
Para o diretor executivo de varejo do banco BV, Flávio Suchek, fazer parte desse projeto pioneiro é uma grande honra. “Como um dos líderes do mercado de financiamento de energia solar, sabemos da importância de levar pelo país a mensagem de sustentabilidade que esse mercado traz, além de alinhar com um tema relevante que é a cultura”, disse.
Na sessão gratuita, o público também pode conhecer a estação móvel de ciências, arte, tecnologia, sustentabilidade e cultura de paz, instalada no próprio veículo que carrega todo o cinema. O público é convidado a entender, de maneira descontraída e divertida, como a luz do sol se transforma em energia elétrica. Os infográficos, a iluminação e a decoração especial – feita com materiais reciclados e objetos com princípios de magnetismo e eletricidade como laser e bola de plasma – são uma atração à parte, que encanta pessoas de todas as idades.
Segundo a diretora de Ação Cultural da Secretaria Municipal de Cultura, Maria Luiza Fontenelle, o projeto CineSolarzinho consegue unir a arte e a sustentabilidade por meio do cinema. “O projeto mostra a energia solar como uma fonte renovável e limpa. A vinda deste projeto para Londrina é uma forma de trabalhar a temática da preservação e sustentabilidade desde a infância por meio das oficinas”, ressaltou.
Alcance – O CineSolar integra a Solar World Cinema, uma rede internacional de cinemas itinerantes movidos a energia solar, com a participação de vários países como Holanda, África do Sul, Nepal, Chile, Croácia e Austrália, entre outros. Desde a criação do CineSolarzinho, já foram realizadas mais de 1.300 exibições, apresentando mais de 150 filmes, passando por 476 cidades, percorrendo mais de 250 mil quilômetros e levando o CineSolarzinho para mais de 200 mil pessoas.
O CineSolar conta com o patrocínio institucional da Mercedes-Benz – Cars & Vans Brasil; parceria com a Sices Solar e da Clarios – com a bateria Heliar e a Freedom Estacionária, e apoio das marcas Biowash, Cicloway e Bio 2. O projeto também realiza compensação de carbono em parceria com a Ecooar e promove ações em conjunto com a Unesco Representação Brasil e a Unipaz (Universidade Internacional da Paz).