O Paraná criou 74.075 empregos formais entre janeiro e novembro de 2019, com crescimento de 8% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira (19). O Estado se posiciona como quarto maior empregador do País e registra o maior saldo de trabalhadores com carteira assinada do Sul (2.677.869 pessoas).
Em novembro, o Paraná manteve a trajetória de crescimento de vagas no mercado de trabalho pelo oitavo mês consecutivo e registrou 6.712 novos empregos. Foi o melhor registro do mês de novembro desde 2010 e uma evolução de 23% em relação ao número registrado no ano passado (de 5.450).
O governador Carlos Massa Ratinho Junior disse que os resultados mostram que o Estado mantém uma trajetória de crescimento em emprego. Ele destacou a atração de quase R$ 23 bilhões em projetos privados com capacidade para gerar mais empregos. “Estamos otimistas com os sinais da economia. O mercado de trabalho tem crescido amparado pela indústria, construção civil e serviços, setores impactados pela crise econômica”, afirmou o governador. “Com os investimentos e a desburocratização, a tendência é melhorar ainda mais nos próximos meses”.
Ney Leprevost, secretário de Justiça, Família e Trabalho, lembra que as Agências do Trabalhador têm desempenhado papel fundamental nesse cenário. A evolução de contratações intermediadas foi de 5,45% em 2019 em relação ao mesmo período do ano passado. “Buscamos qualificar os trabalhadores e ser mais assertivos nesse relacionamento com o setor produtivo. Recrutamos em todo o Estado, e com programas específicos para incentivar o pleno emprego”, destacou. “Vamos fechar o ano com um resultado excepcional, e as projeções para 2020 são ainda melhores”.
SETORES – Os setores que mais empregaram no ano foram serviços (41.821), comércio (14.059), construção civil (10.082) e indústria de transformação (8.125). A construção civil cresceu 8,37% em relação ao mesmo período do ano anterior, o que indica a retomada da atividade imobiliária, uma das mais atingidas pela crise econômica dos últimos anos. O Produto Interno Bruto (PIB) do setor deve retomar as variações positivas neste ano, interrompendo trajetória recessiva.
Os subsetores que mais contrataram no ano foram comércio e administração de imóveis (20.772), comércio varejista (9.349), serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção e redação (7.008), ensino (4.947) e comércio atacadista (4.710).
Suelen Glinski, economista do Departamento do Trabalho da Secretaria de Justiça, Família e Trabalho, explica que o crescimento regular indica a força do Estado. “Temos criado empregos independente de sazonalidades. O setor de construção civil, por exemplo, trabalha com investimentos de longo prazo, o que indica manutenção do nível de atividade”, afirmou.
A economista também citou que as contratações do comércio funcionam como termômetro da economia. “Na crise, com a queda no consumo, os setores de comércio e serviços demitem muito rápido porque sofrem mais. Mas estamos assistindo uma recuperação nesses empregos, aliado a contratações nas grandes cidades. Esse cenário é um indicador de uma economia mais fortalecida”, acrescentou Suelen.
No mês, o maior empregador foi o comércio (6.089), impulsionado pelas vendas de fim de ano. O setor respondeu por mais de 90% dos empregos gerados em novembro. O setor de serviços, que envolve turismo e gastronomia, também ajudou a puxar o crescimento. O subsetor que mais empregou foi o comércio varejista, com 5.783 vagas.
CIDADES – Curitiba lidera a relação dos municípios com mais de 30 mil habitantes que mais criaram postos de emprego no acumulado do ano, com saldo de 25.444 novos postos de trabalho. Maringá (5.553), São José dos Pinhais (4.062), Cascavel (3.325) e Pato Branco (2.453) completam o ranking.
Curitiba também foi destaque em novembro, com 3.053 novos postos de trabalho, seguido por São José dos Pinhais (539), Ponta Grossa (474), Maringá (390) e Foz do Iguaçu (339), cidade com vocação turística que atrai muitos empregos entre o Natal e o Ano Novo.
O Caged também aponta crescimento em nível nacional, com expansão de 99.232 postos em novembro de 2019 e 948.344 empregos no acumulado do ano. Os setores que puxaram o índice para cima foram serviços, indústria da transformação, comércio e construção civil. No recorte geográfico, quatro regiões apresentaram saldo de emprego positivo em novembro: Sudeste (51.060 postos), Sul (28.995), Nordeste (19.824) e Norte (4.491).
CARTEIRAS ASSINADAS – O Paraná é o Estado do Sul com maior número de trabalhadores com carteiras assinadas até 30 de novembro deste ano. De acordo com o Caged, o estoque paranaense é de 2.677.869 pessoas, contra 2.558.312 do Rio Grande do Sul e 2.100.775 de Santa Catarina. O País tem 39.358.772 trabalhadores com carteira assinada. (Fonte: Agência Estadual de Notícias)