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Auto da Paixão volta a ser apresentado na Vila Portuguesa

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No feriado de Sexta-Feira Santa, celebrado este ano em 15 de abril, Londrina retoma o tradicional espetáculo Auto da Paixão de Cristo. Realizado pelo Grupo Teatro da Paz desde 1978, a apresentação envolve cerca de 500 pessoas na produção e atuação, e espera um público de, aproximadamente, 25 mil pessoas no Centro Social Urbano (CSU) da Vila Portuguesa. O endereço é Rua Atílio Scudeler, 283.

Foto: Divulgação/Arquivo

Antes da encenação da Paixão de Cristo, as apresentações começam às 18h com um momento de louvor e adoração. Dentre os participantes, estão confirmados o padre Ademar Lorenzzetti; Jéssica Pieri, do Grupo de Oração Carismático “Caminhando com Maria”; e bandas musicais.

Devido à pandemia de Covid-19, o Auto da Paixão de Cristo ficou suspenso nos anos 2020 e 2021. O diretor do espetáculo, Davi Gonçalves Dias, contou que até a apresentação deste ano ainda estava incerta. “Tivemos esses dois anos de hiato. Mas, graças a Deus, a pandemia está dando uma trégua, com índices menores, então decidimos retomar. Apesar de serem atores e atrizes amadores, ensaiamos exaustivamente por dois meses”, contou.

Nesta terça-feira (12), a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) efetuou a capina e limpeza do CSU. O serviço deve ser concluído amanhã, quarta-feira (13). E para contribuir com a imersão da plateia, a Londrina Iluminação fará o desligamento da iluminação pública às 17 horas, com previsão de religar às 22h30.

A medida será aplicada a quatro postes, sendo dois postes viários da Rua Atílio Scudeller mais dois superpostes ornamentais dos campos de futebol do local, além da face oeste do CSU. “O objetivo deste desligamento é para que o palco fique escuro totalmente. Algumas cenas dependem desta escuridão para os trabalhos dos contrarregras durante a encenação”, explicou Dias.

Embora a Paixão de Cristo se refira especificamente à prisão, crucificação e, na Páscoa, se comemore a ressurreição de Jesus, o Auto do Grupo Teatro da Paz vai abordar outros trechos históricos e bíblicos para contextualizar o público.

Abrindo a peça, em um telão, será exibido um vídeo retratando as passagens citadas em Gênesis sobre a criação do mundo. “Logo após, retrataremos o episódio histórico da dominação da Judeia pelos romanos. Essa campanha foi comandada pelo general romano Pompeu em 63 a.C.; e, neste episódio, há o massacre dos judeus”, detalhou o diretor.

De acordo com Dias, para representar o exército de soldados romanos, participarão atiradores do Tiro de Guerra de Londrina. “A ideia de contrastar a repressão romana é mostrar a confusão existente entre a liberdade do açoite romano com a liberdade espiritual que Cristo pregava. Esta falta de entendimento levou Caifás (Sumo Sacerdote) a conspirar pela morte de Cristo devido ao medo de uma maior repressão pelos romanos”, disse.

Outro episódio que será abordado pelo roteiro é a passagem do profeta João Batista, que exortava o povo a se arrepender de seus pecados e previa a vinda do Messias. “Após este contexto, Cristo aparece em cena com sermões e milagres. Mostraremos a situação de Pilatos, frente à ideia de um Messias. Cristo é, então, traído e passado pelos julgamentos, quando é condenado à morte. Isto o leva a passar por uma grande tortura, que pretendemos mostrar em detalhes tanto a flagelação como a crucificação”, acrescentou o diretor.

O Auto da Paixão de Cristo, do Grupo Teatro da Paz, conta com patrocínio da Prefeitura de Londrina, por meio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura. Conta ainda com patrocínio da Sociedade Rural do Paraná (SRP – Londrina), Unipax, Oral Sin, Galtamo, Ecol, Frigorífico Rainha da Paz, Fabreck, Central Malhas, Recorre, By Unna, Medvit Assessoria e Consultoria, Transportes Gonçalves; apoio da RPC e do Tiro de Guerra de Londrina.

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