Coleta seletiva: Prefeitura planeja gastar R$ 3,4 milhões para adquirir sacos verdes

A Prefeitura de Londrina, por meio da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), irá retomar a entrega dos sacos verdes para a população fazer a coleta seletiva de lixo. A licitação para compra do material foi lançada na semana passada e a abertura dos envelopes está programada para o próximo dia 26. A administração pretende investir até R$ 3.435.600,00 na aquisição de 12 milhões de unidades a serem distribuídas nos domicílios. O objetivo seria “estimular a participação dos moradores na separação dos resíduos e aumentar o volume coletado, além de gerar trabalho e renda para os catadores”, segundo informação distribuída pela Prefeitura.

De acordo com o diretor-presidente da CMTU, Marcelo Cortez, a suspensão na entrega dos recipientes ocorreu em 2016 e, de lá para cá, houve queda na quantidade recolhida. Naquele ano, por exemplo, as sete cooperativas que atuam na cidade retiravam juntas das ruas, mensalmente, uma média de 1.100 toneladas. Já este ano o volume médio caiu quase à metade, chegando a cerca de 600 toneladas. “Isso faz com que os itens, antes reciclados, sejam descartados incorretamente em fundos de vale ou junto ao rejeito e ao lixo orgânico, diminuindo a vida útil da Central de Tratamento de Resíduos e onerando o poder público”, avaliou.

Segundo Cortez, mesmo com o fim da sacaria e a consequente queda na adesão dos moradores, Londrina ainda se destaca no cenário nacional quando o assunto é reciclagem. No entanto, o retorno das embalagens como política de incentivo à prática visa fazer com que o município supere a sua própria marca. “Ainda que num cenário de encolhimento do sistema, atualmente nós reciclamos cerca de 6% dos resíduos que geramos. Mas, nós não queremos ficar apenas nisso. Desejamos voltar a crescer e continuar acima da média nacional, contribuindo com o meio ambiente”, afirmou.

Logística – O diretor-presidente contou que a entrega dos sacos verdes nos bairros ocorrerá uma vez por semana, nos dias de atendimento da coleta seletiva. A cidade conta com aproximadamente 230 mil residências. “O repasse do material aos moradores será feito por meio das cooperativas, através do contato direto com os catadores. Queremos novamente estreitar essa relação, conscientizando e sensibilizando a comunidade sobre a importância da reciclagem”, frisou.

Responsável por cobrir 100% da área urbana, o sistema de coleta seletiva de Londrina custou em 2018 aos cofres públicos o valor de R$ 5.549.123,93. O valor contempla o aluguel dos barracões de triagem, o pagamento pelo atendimento aos domicílios e o repasse do INSS dos cerca de 360 trabalhadores cooperados. Todos os detalhes do edital de licitação para a aquisição das embalagens pode ser conferido no site da CMTU, no endereço www.cmtu.londrina.pr.gov.br, na opção “transparência”.

Texto: Danylo Alvares / Assessoria CMTU

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