Apesar de ter provocado receio coletivo em toda a população mundial, é preciso ter calma ao se falar sobre o coronavírus, para não causar medo desnecessário, alerta o médico sanitarista Alexandre Chieppe, especialista em saúde coletiva e diretor da MedLevensohn.
“Em caso de surto, o que devemos fazer é higienizr as mãos com frequência e evitar o contato com pessoas doentes, como em aglomerações, assim como em outros surtos virais”, afirma o médico.
Para Chieppe, ainda não é possível dizer qual é o grau de letalidade do coronavírus, pois a doença causada por ele é muito recente. Os sintomas envolvem febre, tosse e secreção, podendo evoluir para pneumonia ou encefalite viral. A transmissão é de pessoa para pessoa, através do contato com secreção expelida em tosses e espirros, pelo ar, ou contato com superfícies contaminadas pela secreção.
De acordo com Chieppe, trata-se de um vírus respiratório conhecido há alguns anos. “Este subtipo atual é novo e está associado a casos de pneumonia e insuficiência respiratória”, diz o médico.
Mesmo com milhares de pessoas chegando ao Brasil diariamente, ele explica que não há motivos para histeria. “Risco sempre vai existir, porque o vírus se espalha com o contato humano e é praticamente impossível restringi-lo a um único local”, afirma.
A comunicação de risco é importante para que os países fiquem atentos. Na terça-feira (28) o Ministério da Saúde aumentou o nível de alerta no País, subindo do 1 para o 2, em uma escala que vai até três. De acordo com o Governo Federal, o Brasil é classificado como tendo “perigo iminente de entrada do vírus”. Nove casos são estudados como suspeitos.
As medidas para se evitar a disseminação da doença envolvem vigilância de viajantes vindos de lugares onde o surto já ocorreu e identificação precoce de casos. Não há no momento restrição para viagens e comércio.
Orientações do Ministério da Saúde
– Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas.
– Realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente.
– Utilizar lenço descartável para higiene nasal.
– Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir.
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca.
– Higienizar as mãos após tossir ou espirrar.
– Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas.
– Manter os ambientes bem ventilados.
– Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença.
– Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.
– Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
(Com informações da assessoria de imprensa e do Ministério da Saúde – Foto: Arquivo)