O dia 12 de outubro está chegando e a criançada já pede, ansiosa, pelo seu presente. E ao que indica a sondagem realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) e pelo Sebrae/PR, o Dia das Crianças será bastante animado, uma vez que 74,4% dos paranaenses pretendem presentear nesta data. Este é o maior percentual da série histórica da pesquisa, iniciada em 2016. De acordo com o coordenador de Desenvolvimento Empresarial da Fecomércio PR, Rodrigo Schmidt, a maior intenção de presentear neste ano no Dia das Crianças pode ser atribuída, entre outros fatores, à maior circulação de pessoas comparativamente aos dois anos anteriores, bem como percepção de melhora da conjuntura macroeconômica pela população, com o mercado de trabalho em recuperação.“Existe também neste momento uma disposição maior para as celebrações, que ficaram um tanto quanto represadas durante o período mais crítico da pandemia. As crianças, em especial, foram bastante impactadas neste período, mas houve, em termos gerais, um fortalecimento das relações entre pais e filhos, o que explica esta disposição maior de comemorar esta data tão importante para o varejo nacional, que se traduz em presentes, passeios, promoção de brincadeiras, viagens, aquecendo assim o consumo de bens e serviços”, reitera.Em 2021, 65,6% dos entrevistados afirmavam que comprariam presentes no dia 12 de outubro. Entre os indecisos (1,5%) e os 24,1% que não presentearão este ano, mais da metade (58,4%) não possui criança para presentear. Tipo de presenteCom 55,6%, os brinquedos são o principal tipo de presente escolhido, mas perderam um pouco do destaque na comparação com o ano passado, quando receberam 62,9% das menções. Por outro lado, roupas e calçados tiveram aumento em relação ao 2021, passando de 27,8% para 45,7%.Os jogos educativos, que tiveram grande procura no ano passado, com 30,9% das citações, este ano tiveram apenas 9,6%. Eletrônicos como videogames, notebooks, tablets e celulares devem ter a comercialização ampliada, ao passarem de 5% em 2021 para 8,5% neste ano. Dar dinheiro para a criança escolher o que quiser será a opção de 7,5%. Já os livros e afins caíram consideravelmente, baixando de 17,4% no ano passado para 5,1% nesta edição do Dia das Crianças. Valor do presente O valor do presente é o maior já registrado pela sondagem. O tíquete médio será de R$ 156,58. O valor está, inclusive, mais alto do que antes da pandemia – em 2019 a média gasta em presentes para as crianças era de R$ 90,33.Na análise por faixa de valores, verifica-se que 1/3 das famílias vai economizar e gastar até R$ 100,00 e outro terço vai despender mais de R$ 200,00.Data da compra e pesquisaA maior parte das compras – 51,2% – será feita na semana que antecede o Dia das Crianças. Os consumidores que farão a compra no mesmo dia correspondem a 21,3%; os que vão se antecipar de 8 a 15 dias são 14,3%, e os que já compraram o presente somam 13,2%.Ao presentear uma criança, os paranaenses fazem, sim, muita pesquisa: 77,5% procuram se informar sobre o preço do presente, sendo que 45,7% usam a internet para fazer suas buscas. Entretanto, com o retorno da circulação de consumidores às ruas, observa-se que a pesquisa pela internet caiu consideravelmente em relação ao 2021, quando a pandemia ainda estava no auge, e 62,9% dos entrevistados à época afirmavam que fariam pesquisa de preço de forma on-line. Com 31,8%, a pesquisa de preços presencial cresceu na comparação com o ano passado, quando era feita por 21,2% dos entrevistados.Local da compra Pela primeira vez na série histórica, as lojas de bairro serão o local preferido para as compras dos presentes do Dia das Crianças, com 26,1%. Em 2021, o comércio de bairro recebeu apenas 8,9% do fluxo nesta data, o que, segundo o consultor do Sebrae/PR, Lucas Hahn, evidencia a migração do movimento das regiões centrais das cidades para os bairros em decorrência da pandemia, gerando novas oportunidades de negócios, principalmente para as micro e pequenas empresas, que caracterizam o comércio de bairro. “É o primeiro ano pós-pandemia que as pessoas podem se conectar de uma forma mais leve, e isso permite que as crianças tenham uma data marcante. É necessário que as empresas estejam preparadas para esse momento, com bom atendimento, preços compatíveis e atrações infantis. É importante proporcionar uma experiência agradável durante todo o processo com foco na satisfação do cliente”, observa. Além disso, o empreendedor precisa ter uma comunicação estruturada para manter os compradores e atrair novos, sem esquecer de fazer o básico e, assim, gerar conexão e criar fidelidade.As lojas do centro das cidades são a escolha de 20,6% dos consumidores ouvidos este ano, enquanto a internet é mencionada por 24,1% e os shoppings por 18,9%. Forma de pagamento Os presentes da criançada serão pagos, preferencialmente, à vista, por 61,5%, somando cartão de débito (28,7%), dinheiro (19,5%) e pix (13,3%). As compras parceladas no cartão de crédito devem corresponder a 20,1% e, as feitas para o vencimento, 13,3%. Perfil dos presenteados A maior parte dos paranaenses – 34,7% – vai presentear duas crianças; 27,1% presentearão apenas uma; 17,2% comprarão presentes para três crianças; 6,9% para quatro crianças e, 14,1%, mais de quatro crianças.A escolha do presente será feita, principalmente, pelo adulto, com 63,5%. Entretanto, o percentual de crianças que vai escolher seu presente subiu este ano, passando de 20,1% para 34,8%. Decisão de compra O atendimento do vendedor vai sobressair em 2022 e lidera como o principal fator de influência na decisão de compra segundo a sondagem da Fecomércio PR e Sebrae/PR, com 23,4%. Em 2021, a consultoria prestada pelo vendedor era considerada determinante para 15,4% dos consumidores.O preço baixo instiga 21,6% dos paranaenses, enquanto a qualidade do produto define 21,3% das compras. Promoções e descontos são decisivos para 13,7% e 8,6%, respectivamente, dos compradores.Redes sociais As redes sociais exercem grande influência na decisão de compra do Dia das Crianças. Em uma escala de 1 a 5, sendo 5 o maior nível de sugestão, 31,9% dos consumidores ouvidos reconhecem que as publicações em redes sociais exercem muita influência em suas compras e 12% se enquadram no nível 4 de indução. Entretanto, parcela considerável diz que Instagram, Facebook, Tiktok e afins exercem pouca influência na sua decisão de compra, sendo 26,7% no nível 1 e 13% no nível 2.Na comparação com o Dia dos Pais, quando essa mesma pergunta foi feita aos consumidores, a influência das redes sociais foi superior, com 41,7% dos entrevistados atribuindo o maior grau de indução às plataformas digitais de conexão entre as pessoas. |