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Dieta cetogênica pode ser aliada no tratamento do mal de Parkinson

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Nas últimas décadas a preocupação com a saúde e o bem estar tornou-se prioridade. Academias lotam e surgem diversas dietas. Entretanto, uma em especial, de origem antiga, traz benefícios comprovados cientificamente. A dieta cetogênica, que pode ser utilizada como terapia adjuvante no tratamento para o câncer, é composta por quantidade importante de lipídeos, moderada de proteínas e escassa de carboidratos. Nesse caso ocorre uma troca dos carboidratos por lipídeos que originam uma alternativa energética para o cérebro – as cetonas.

A dieta é eficaz no tratamento das doenças neurológicas. O mecanismo de ação da melhora pelo uso das gorduras como fonte de energia ainda não está muito bem elucidado, mas um dos principais fatores é a capacidade do sistema nervoso central de metabolizar os corpos cetônicos (produtos da metabolização da gordura), como explica a médica Márcia Simões, da Eden Clinic de Curitiba. “Isto que altera a bioquímica dos neurônios, inibindo o excesso de excitação neuronal e induz a um efeito protetor, o que é útil em diversas doenças neurológicas como epilepsia, Alzheimer e o Parkinson”, explica a médica.

Os resultados das pesquisas são animadores, porém ainda é necessário muito estudo para desvendar todos os mecanismos envolvidos nesse processo. Segundo Márcia Simões, não se deve iniciar uma dieta restrita como essa sem orientação médica ou nutricional: “Isto vale para qualquer paciente,seja ele neurológico ou não: é muito importante a avaliação do estado nutricional e se existe deficiência de vitaminas, hormônios e minerais para que o paciente possa ter mais saúde e qualidade de vida”, ressalta.

O Parkinson é uma doença do sistema nervoso central que acontece devido a níveis diminuídos de dopamina, o que ocasiona vários sintomas como tremores, postura prejudicada, rigidez e dificuldade para andar e escrever. Em um estudo controlado, sete pessoas com mal de Parkinson seguiram uma dieta cetogênica por um mês e após esse período cinco deles demonstraram em torno de 43% de melhora dos sintomas descritos.

O uso da dieta cetogênica como forma de tratamento é antigo: existem relatos da época de Hipócrates e no novo testamento. No entanto, acabou sendo deixada de lado com o passar do tempo e agora volta a ser foco de diversos estudos da atualidade. Como forma de tratamento ele tem registros a partir da década de 1920, quando foi utilizada para a epilepsia.

(Com informações da assessoria de imprensa- Foto: Arquivo Londrix)

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