Início Cidade e Região Londrina ainda está em “estado de alerta” para dengue

Londrina ainda está em “estado de alerta” para dengue

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A Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), divulgou nesta sexta-feira (21) o resultado do 3º Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) de 2023. Conforme os dados, apresentados na Associação Médica de Londrina, o Índice de Infestação Vetorial Predial (IIVP) foi de 1,32%, o que coloca o município em situação de alerta conforme classificação do Ministério da Saúde.

Este índice demonstra que a cada 100 imóveis inspecionados, mais de um estava com focos positivos do mosquito da dengue, o Aedes aegypti.  O 2º LIRAa de 2023, que seria realizado em abril, foi cancelado pela SMS, devido ao aumento dos casos de dengue em Londrina, para não interromper as ações de bloqueios de transmissão viral. Já o 1º LIRAa do ano, divulgado em janeiro, apontou um índice de infestação de 5,50% no Município.

O novo levantamento foi realizado de 10 a 15 de julho em 9.500 imóveis residenciais e comerciais, além de construções e terrenos baldios, de 260 localidades da zona urbana. O Levantamento apontou que 100% dos criadouros, com larvas e pupas de Aedes aegypti, foram encontrados na área das residências das pessoas, sendo 84% em objetos em desuso jogados nos quintais, nos vasos de plantas e em água de chuva armazenada, e 16% em objetos dentro de casa.

O LIRAa é um método simplificado que permite identificar como está a infestação e distribuição do vetor Aedes aegypti no município. Trata-se de um trabalho de amostragem, que possibilita identificar os bairros mais críticos e quais depósitos (de focos) são predominantes na área.

O secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, disse que a queda do índice do LIRAa era esperada devido à época de frio, somada às ações que a Prefeitura realizou no combate ao Aedes. Isso inclui os mutirões e a intensificação das agendas dos agentes de endemias em campo, o uso de bomba costal nos lugares de maior incidência, além de ações educativas. “Podemos observar que estas atividades causaram uma repercussão positiva, pois o índice deste LIRAa foi bem diferente do primeiro que apontou mais de 5%”, enfatizou.

Entre todas as regiões da cidade, a leste foi a que apresentou maior concentração de focos positivos, chegando a 1,87% dos imóveis com larvas do mosquito. Em seguida, está a região norte de Londrina, que apontou um LIRAa de 1,55%. Em terceiro lugar, ficou a zona sul com 1,29% de infestação. Em quarto lugar está a região central, com 0,91% e, por último, ficou a zona oeste com 0,79% de infestação.

O levantamento também apontou os dez bairros londrinenses que mais preocupam a Secretaria de Saúde devido aos altos índices de Aedes aegypti. São eles o Jatobá, na zona sul (13,33%); Alexandre Urbanas, na região leste (9,92%); Roseira (sul, 8,33%); Adriana, também na zona sul (8,33%); Nossa Senhora Aparecida (norte, 8,11%); Abussafe (leste, 7,89%); Novo Amparo (leste, 7,69%); Paulista, no centro (6,9%); Porto Seguro (norte, 6,9%); e Quadra Norte, também na região norte da cidade (6,67%).

O secretário informou que todas as localidades que apresentaram números discrepantes em relação às demais, como o caso do bairro Jatobá, estão recebendo ações de combate, por exemplo os mutirões, atividade de limpeza e acerca de descartes irregulares, além de ações de conscientização junto à comunidade em pareceria com os conselhos locais e escolas.

“O fato de os focos estarem dentro das residências, do portão para dentro, nos chama atenção de forma reincidente. Toda a população precisa fazer a sua parte, não deixando água parada, mesmo no inverno, para que consigamos chegar no verão sem o risco de uma nova epidemia de dengue. Vimos o quanto é sofrido uma epidemia, sofremos com isso por vários meses, tivemos que reestruturar a rede de saúde do município, destinar unidade exclusivas para atender os casos de dengue, e infelizmente registramos 29 óbitos. Ações simples, de cada cidadão, têm um poder muito grande para evitar uma nova epidemia”, frisou Machado.

Com relação aos números de casos da doença, a SMS informou que, do início do ano de 2023 até o momento, foram notificados 60.181 casos suspeitos de dengue, dos quais 33.230 foram confirmados, 11.444 descartados, 15.507 estão em análise aguardando o resultado de exames laboratoriais. Também houve 29 mortes em decorrência da doença.

Além do secretário municipal de Saúde, a apresentação do LIRAa contou com a colaboração do coordenador de Endemias, Nino Ribas, e da diretora de Vigilância em Saúde, Fernanda Fabrin. Estiveram presentes diversos representantes de unidades de saúde e da sociedade civil organizada.

Disque-Dengue – A população pode fazer denúncias de imóveis ou áreas suspeitas de terem focos do mosquito Aedes aegypti, entre os quais terrenos baldios ou ambientes que possam facilitar a proliferação do vetor. O contato pode ser feito pelo telefone 0800-400-1893, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Quando o munícipe é notificado como estando com suspeita de arboviroses, as equipes da Endemias realizam os bloqueios dos casos dentro de 48 horas. (Fonte: Prefeitura/NCom)

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