Londrina está à beira de uma epidemia de dengue

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulgou o boletim atualizado sobre a situação da dengue em Londrina. Subiu para 111 o número de casos positivos da doença, 35 a mais do que na semana anterior, que computava 76. O número é visto com preocupação e confirma a iminência de uma epidemia de dengue na cidade. Os dados foram apresentados pelo secretário da pasta, Felippe Machado, em entrevista coletiva realizada na tarde desta quinta-feira (21).

Dos 111 casos confirmados, a maior parte, 88 deles, são da região sul, seguido pela região oeste, com cinco casos. As regiões leste, norte e centro estão com quatro casos cada. Não há registros positivos na região rural. Outra novidade é a confirmação de mais um caso de sorotipo 2 da dengue, que é o tipo mais agressivo, que pode levar a maiores complicações, desta vez na região oeste. A região leste registra os outros dois casos de sorotipo 2.

Machado informou que dez pacientes já apresentaram complicações devido à doença em Londrina, mas todos tiveram boa evolução e alguns já tiveram alta médica. Segundo ele, ao passo que estes números aumentam a preocupação também é maior, pois o município já registra quase o triplo de casos positivos com relação a todo o ano de 2018.

O secretário destacou que os dados confirmam a preocupação, já externada desde o último Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) de 2018 e o primeiro de 2019, que apontou o risco de uma epidemia de dengue. “Além disso, não é apenas em um cenário de epidemia que esta doença nos preocupa, pois sabemos que ela pode levar a complicações e até a óbitos”, frisou.

Ações – Diversas ações estão sendo tomadas pela SMS para conter o avanço da doença em Londrina, principalmente na região sul, por ser a mais afetada, dentro do Plano Emergencial de Enfrentamento e Contingência da Dengue, anunciado no final de janeiro.

A próxima ação a ser adotada será a abertura da Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim Itapuã, região sul, no período noturno, até as 23 horas, por determinação do prefeito Marcelo Belinati, para atender exclusivamente os casos de suspeita de dengue. Isso porque este é o bairro de maior concentração dos registros confirmados na zona sul. A previsão é que a medida inicie a partir da próxima terça-feira (26).

Além disso, na próxima semana, de 25 de fevereiro a 2 de março, os agentes estarão atuando em alguns bairros da cidade, em todas as regiões onde há concentração de casos suspeitos. Estão previstas vistorias em residências e visitas a pontos estratégicos. Serão trabalhadas as localidades: Roseira; Adriana; Igapó; Castelo; Romana; Pindorama; Vivi Xavier; São Jorge; Nossa Senhora Aparecida; Vista Bela; Hilda Mandarino; Santa Helena; Imagawa; Nova Olinda; Santo André; San Remo; Araxá; Universitário; Sabará; Agari; Monte Carlo; Califórnia; San Fernando.

Fumacê – A aplicação de veneno com veículos de Fumacê, cedidos pelo governo do Estado, também prosseguem em todas as regiões da cidade. O objetivo da medida é matar o mosquito em fase adulta, por isso, durante a aplicação é importante que a população abra as portes e janelas para a entrada do produto nas residências.

Também é importante cobrir gaiolas de pássaros e aquários, bem como recolher e armazenar o recipiente de ração e bebedouros de animais e lavá-los após a aplicação do inseticida. O mesmo deve ser feito com os alimentos, que devem ser cobertos ou mantidos em locais fechados. Estão circulando em Londrina 10 veículos, os quais permanecerão na cidade pelo tempo necessário.

Estão sendo realizados mutirões em fundos de vale e vistorias em residências, a fim de eliminar os criadouros do mosquito. Segundo o secretário, o município conta com 240 agentes de endemias para atuar nas ações, incluindo as de campo e as educativas, que também prosseguem na cidade. “Os imóveis da região sul estão sendo vistoriados diariamente e segundo o relato dos agentes, eles estão encontrando focos do mosquito em pelo menos 80% dos imóveis, por isso é fundamental que a população faça a sua parte, permitindo a entrada dos profissionais nas residências e executando os cuidados necessários para evitar a proliferação do Aedes”, solicitou.

Sintomas – A orientação da SMS é que nos primeiros sintomas da doença, a pessoa se dirija às Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ou Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), para que o diagnóstico inicial e a notificação sejam feitos. Os hospitais ficam na retaguarda, recebendo os casos que exigem maior atenção e internação clínica. Os principais sintomas da dengue são febre alta, dores articulares, musculares e de cabeça, manchas avermelhadas na pele e indisposição. (Fonte: Prefeitura/Ncom)

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