O secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, anunciou nesta terça-feira (17) a realização de uma campanha de vacinação em Londrina para as crianças de 12 meses a 5 anos de idade e o “Dia D” contra o sarampo, que está marcado para o dia 18 de agosto, no sábado.
A campanha de vacinação nacional terá início no dia 6 de agosto e prosseguirá até o dia 31 do mesmo mês, em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS). A iniciativa servirá como reforço da vacina tríplice viral, que engloba a prevenção do sarampo, caxumba e rubéola. Todas as crianças de 12 meses a 5 anos incompletos serão vacinadas de forma indiscriminada. Isso significa que, independente delas terem ou não tomado as doses da vacina, todas serão imunizadas novamente. As doses necessárias para estes casos serão enviadas pelo Ministério da Saúde (MS).
Para os demais casos, a Secretaria Municipal de Saúde seguirá a imunização de rotina, em que as pessoas até 29 anos devem ter tomado duas doses da vacina. As de 30 a 49 anos, seguem o protocolado pelo MS, onde uma dose é suficiente. Já aquelas acima de 50 anos não devem se preocupar, pois não há recomendação da imunização nestes casos.
Nos casos em que a criança ou adulto for viajar para o exterior ou para as regiões com índices positivos de sarampo, é recomendado procurar uma UBS para se vacinar, independente da idade ou do fato de terem tomado as duas doses da vacina.
Durante entrevista coletiva, o secretário de saúde explicou que a Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, vem se precavendo de uma possível epidemia da doença, através de atualização de conhecimentos, como a reunião técnica realizada com a médica e gerente de Vigilância Epidemiológica, Fátima Tomimatsu, e com a diretora de Vigilância em Saúde e coordenadora de Imunização, Sônia Fernandes, com todos os representantes da rede municipal de saúde, na última sexta-feira (13), além do desenvolvimento da vacinação de rotina em toda a rede.
“Não há motivos para preocupação, porque nós estamos fazendo várias ações de forma preventiva e todas elas serão divulgadas ao passo em que forem acontecendo. O que se observa é uma reinserção do vírus do sarampo pelo norte do país, onde há casos confirmados, assim como no Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. Isso se deve a baixa cobertura vacinal, não apenas do sarampo. Mas a conscientização ainda é a melhor estratégia”, explicou o secretário de saúde.
Sobre o sarampo – No Paraná, até o momento, não foi registrado nenhum caso positivo de sarampo. Porém, até a última sexta-feira, no Brasil, foram notificados 3.367 casos de sarampo, sendo que 317 se confirmaram, 146 foram descartados e outros 2.904 estavam em investigação. “A cobertura vacinal, principalmente de crianças, infelizmente, nos últimos anos, vem ficando abaixo daquilo que é considerado ideal, que é 95% de cobertura. Em 2017, registramos 87% de cobertura, o que nos deixa bastante expostos ao risco de ter a circulação do vírus no município”, explicou a diretora de Vigilância em Saúde e coordenadora de Imunização.
Sintomas e transmissão – O sarampo é uma doença de fácil transmissão e seu contágio se dá pelo ar, visto que é uma virose de transmissão respiratória. Ela pode atingir tanto crianças quanto adultos. Os sintomas mais comuns são febre alta, conjuntivite associada, olhos lacrimejantes e aversão à luminosidade, além de mal-estar, e tosse seca e persistente.
Após três dias de febre alta, em média, surgem manchas avermelhadas pelo corpo e durante cerca de 7 a 10 dias, o paciente fica convalescente. Ela não tem tratamento específico e pode agravar outras doenças como otite, pneumonia e tuberculose. O meio mais eficaz de prevenção é por meio da vacina. (Fonte: Prefeitura de Londrina/Ncom)