O presidente da SM Sports e gestor de futebol do Londrina Esporte Clube (LEC), Sérgio Malucelli, anunciou durante entrevista à rádio Paiquerê 91.7 que a parceria entre sua empresa e o clube será encerrada no proximo mês. O contrato iria até dezembro, mas o gestor alega dificuldades para manter sua estrutura, principalmente depois da paralisação do futebol por causa da pandemia do Coronavírus.
A parceria já estava enfrentando problemas desde o início do ano, depois de uma temporada ruim em 2019, com a queda do Tubarão para a Série C do Campeonato Brasileiro. O clube ainda tenta na Justiça Desportiva a recuperação da vaga, mas isto é improvável que aconteça: a própria CBF já divulgou a tabela da Série C com a inclusão do LEC.
No Campeonato Paranaense deste ano, o Londrina fez uma campanha apenas razoável e conseguiu se classificar para as quartas de final. Mas, com o problema do Coronavírus, a Federação Paranaense de Futebol (FPF) suspendeu a competição.
A SM Sports decidiu então liberar os jogadores (além dos profissionais, mantém as categorias de base), reduzindo o custeio do excelente Centro de Treinamentos em Londrina. A empresa também acertou uma parceria com o Araucária, clube da região metropolitana de Curitiba, que tentará acesso à divisão principal do futebol estadual e o gestor já havia dito que não pretendia ficar no LEC para a temporada 2021.
E mais: para permanecer em Londrina durante a Série C deste ano, a SM Sports havia solicitado um aporte mensal de R$ 350 mil, mas o Conselho Deliberativo do Alviceleste teria feito a contraproposta de R$ 150 mil, recusada pelo parceiro.
Transição
Ainda não há detalhes sobre a transição entre o fim da parceria e o início da administração do futebol feita pelo próprio do clube. Todos os jogadores profissionais e das categorias de base pertencem à SM Sports, mas a empresa tem uma dívida com o LEC e o contrato prevê ainda uma multa para rescisão. Assim, não está descartada a hipótese um “encontro de contas”, o que permitiria uma estrutura para o futebol alviceleste até o fim do ano, caso as atividades oficiais sejam retomadas pelas entidades estadual e nacional.
Segundo Malucelli, havia alguns investidores interessados no LEC, inclusive do exterior (com passagens aéreas marcadas para visitar o clube), mas diante da paralisação geral do futebol e do clima de insegurança com a pandemia, todos desistiram.
(Foto: Gustavo Oliveira/Arquivo/LEC)