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Monitoramento do clima é cada vez mais tecnológico e preciso

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Comemorado em 23 de março, o Dia Meteorológico Mundial foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1950 para destacar o trabalho desenvolvido pela meteorologia em prol do meio ambiente e da sociedade. Neste ano, o tema definido pela Organização Meteorológica Mundial para celebrar a data é “O Futuro do Tempo, do Clima e da Água Através das Gerações”. Sediada em Genebra, na Suíça, a entidade chama a atenção para a importância da cooperação internacional face ao cenário de emergência.

“A mudança climática é o desafio definidor do nosso tempo. Como respondemos a ele determinará o futuro do nosso planeta e dos nossos filhos e netos”, diz a mensagem divulgada pelo secretário-geral da Organização Meteorológica, Petteri Taalas.

Segundo o diretor-presidente do Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná), Eduardo Alvim Leite, a meteorologia passa por uma revolução com a introdução de novas tecnologias de monitoramento, com uso crescente de sensoriamento remoto e de telemetria baseada em IoT (Internet of Things) e sensores inteligentes sem fio.

“Também tem se ampliado a fusão de tecnologias de previsão e alerta, com uso combinado das ciências ambientais (meteorologia e hidrologia) com as técnicas de Inteligência Artificial e ML (Machine Learning)”, afirma. “O ambiente de uma instituição meteorológica é cada vez mais uma babel de profissionais das áreas das geociências, da engenharia e da informática trabalhando juntos para melhorar a compreensão e a previsibilidade do tempo e do clima em escalas espaciais cada vez menores e temporais cada vez mais alongadas”.

“Como ciência interdisciplinar que estuda a física da atmosfera, a meteorologia tem o papel de coletar, registrar e tratar os dados da natureza para subsidiar previsões do tempo como também estudos climáticos de longo prazo e a criação de padrões”, explica o coordenador de Operação do Simepar, meteorologista Marco Jusevicius.

Segundo ele, uma rede de equipamentos faz a medição sistemática das variáveis meteorológicas: temperatura e umidade do ar, pressão atmosférica, direção e velocidade dos ventos, radiação solar, localização e intensidade de chuvas e raios. Os dados são recepcionados e processados por sistemas computacionais inteligentes, que respaldam os consensos científicos. “Esse conjunto de informações é o insumo primário dos pesquisadores, possibilitando o conhecimento necessário à compreensão do comportamento do clima”, observa.

As condições do tempo e dos recursos hídricos são monitoradas 24 horas por dia. Para tanto, o Simepar conta com uma ampla rede de telemetria – estações hidrológicas e meteorológicas cujos sensores captam dados da natureza. Além disso, há três radares meteorológicos, um sistema de detecção de descargas atmosféricas e aquisição sistemática de dados dos principais satélites meteorológicos e ambientais. A série histórica sobre o clima paranaense, por exemplo, contém dados coletados desde 1997.

EXPERTISE – Capacitados em ciências atmosféricas e ambientais, engenharias e tecnologias da informação, os profissionais do Simepar passam por formação continuada, como programas de especialização, mestrado e doutorado. No setor público, são atendidos municípios, Defesa Civil e órgãos ambientais. No setor privado, destacam-se o agronegócio, cooperativas, indústrias, empresas de engenharia, energia, transporte, comércio, lazer e turismo.

Além de gerar previsões e alertas precoces sobre eventos extremos, o Simepar mantém cooperação com instituições de ensino e pesquisa, bem como desenvolve aplicações tecnológicas inovadoras. (Fonte: Agência de Notícias do Paraná)

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