Início Cidade e Região Pandemia afetou 81% das empresas de Londrina, aponta Sebrae

Pandemia afetou 81% das empresas de Londrina, aponta Sebrae

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Movimento no bairro da Liberdade durante a quarentena

A pandemia de coronavírus afetou 81% das empresas instaladas em Londrina. É o que aponta o resultado da pesquisa do Sebrae/PR sobre os impactos da Covid-19 na economia local. O levantamento, divulgado na manhã desta sexta-feira (19), integra a terceira etapa do Plano de Retomada da Economia, que prevê o diagnóstico e compreensão da situação atual para o planejamento das ações que irão apoiar o crescimento das empresas locais. Ao todo, foram entrevistados 829 empresários de 32 diferentes atividades econômicas. A margem de erro da pesquisa é de 2,3%.

Do total de empresas consultadas, 50% são de pequeno porte (MPE), 40% microempreendedores individuais (MEI) e 10% de médio e grande porte (MGE). Dos negócios locais, 72% apresentaram queda no faturamento, 19% mantiveram os mesmos números e 8% aumentaram.

O impacto mais significativo ocorreu nos setores de academias e esportes – 100% dos negócios consultados declararam que tiveram queda no faturamento -; alimentação fora de casa (95%); eventos (94%), turismo e hotelaria (90%); e beleza (87%). Em dezembro, quando a pesquisa foi realizada, apenas 40% dos negócios operavam de forma digital.

Apesar das dificuldades financeiras, 66% dos empresários informaram que não necessitaram buscar empréstimos ou financiamentos. Entre os que precisaram de crédito, 92% das médias e grandes empresas receberam total ou parcialmente, assim como 66% das micro e pequenas empresas e 44% dos microempreendedores individuais.

As principais dificuldades encontradas no acesso a recursos financeiros foram a demora na liberação, documentação, garantias, empresas negativadas, taxas de juros. O estudo revelou ainda que 70% dos empresários pesquisados não conhecem a Sociedade Garantidora de Crédito (SGC), que garante financiamentos para os negócios.Antes da pandemia, 60% das empresas consultadas previam fazer investimentos.

Com a mudança de cenário, 50% decidiram adiar os planos, 22% preferiram cancelar, 14% revisaram para menos, 10% mantiveram integralmente e 4% revisaram para mais. Questionados sobre investimentos em tecnologia, 46% disseram necessitar investir na área. A maioria apontou como necessidade o investimento em marketing digital (71%), comércio eletrônico (28%), aplicativos para reuniões online (28%), meios de pagamentos digitais e moeda virtual (21%).

Durante esse período de isolamento e medidas restritivas para conter o avanço da Covid-19, 21% das empresas pesquisadas informaram que demitiram funcionários. Entre os setores que mais demitiram estão o de fabricação de móveis (60%), comércio atacadista (41%) e turismo e hotelaria (40%). Ao considerar o porte de empresa, as médias e grandes foram as que mais precisaram dispensar colaboradores (52%).

Do total de empresários ouvidos pelo estudo, 77% informaram não estarem associados ou cooperados a alguma entidade empresarial. O consultor do Sebrae/PR, Sérgio Ozório, explica que a pesquisa traz um diagnóstico de como e quanto a pandemia afetou os negócios no município. “Os dados vão facilitar a elaboração das medidas que serão adotadas para minimizar os impactos da crise e alavancar a economia”, conta.

Com base no levantamento, foram elencados 11 principais impactos da Covid-19, que serão mitigados por programas e projetos propostos pela prefeitura e entidades empresariais de Londrina. As ações serão ofertadas nas seguintes temáticas: ambiente para negócios, qualificação empresarial e da força de trabalho, fomento a negócios locais, finanças empresariais, tecnologia e inovação, e gestão pública eficiente.

Para o diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Bruno Ubiratan, a partir do estudo será possível traçar estratégias eficazes para apoiar os empresários. “Vamos dar apoio ao Sebrae/PR, sociedade civil organizada e ao ecossistema para colocar em prática as ações o mais rápido possível”, afirma.

Nos próximos três meses, os grupos de trabalho compostos pela força-tarefa – que reúne, além do Sebrae/PR e da Codel, a Acil, Ceal, Fiep, Prefeitura de Londrina, Sincoval, Sindimetal, Sinduscon Paraná Norte, TI Paraná e SRP -, vão se reunir para definir e executar as propostas. (Fonte: Sebrae)

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