Paraná passa a liderar doação de órgãos para transplantes

O Paraná alcançou o primeiro lugar em doação de órgãos para transplantes no Brasil. Segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), o índice de doações no Paraná contabiliza 44,2 % por milhão de população, entre janeiro e março de 2018. Em segundo lugar está Santa Catarina (33,7%) e o Ceará (29,7%).

Desde o início de 2018, o Paraná já realizou 405 notificações de doações, sendo 125 efetivadas. Em 2017, no mesmo período, foram 261 notificações e 81 doações efetivas. Houve aumento de 54%. Se comparado aos primeiros meses de 2010, quando houve 22 doações efetivas no Paraná, o aumento é ainda maior e chega aos 468%.

HISTÓRICO 

O secretário de Estado da Saúde, Antônio Carlos Nardi, considera que os aumentos só foram possíveis graças a um conjunto de diversos fatores e do trabalho contínuo de todas as equipes parceiras do Sistema.

“Este é um marco histórico no Paraná, saímos do nono lugar nacional para o primeiro. Isto mostra o compromisso e o comprometimento de toda a equipe profissional da abordagem aos familiares e da conscientização de doação de órgãos, que é um tema que tem que ser tratado em família para se convergir em vida”, afirmou Nardi. “Estamos em primeiro lugar no Brasil, mas superamos a Espanha, por exemplo. Portanto se mantivermos essa estabilidade e esse número crescente poderemos ficar em primeiro no mundo”, afirmou o secretário.

Além de órgãos, também podem ser doados tecidos como córneas, pele, ossos, válvulas cardíacas e tendões. Todas as doações são feitas por meio do Sistema Estadual de Transplantes , que é encarregado pela coordenação e gerenciamento da fila de quem espera por um órgão no Paraná.

NOVA VIDA 

Após três meses na fila de espera, foi achado doador compatível para o curitibano Rafael Ribeiro. Com apenas dois anos, o menino teve problemas cardíacos e teve que ser submetido a cirurgia de transplante de coração. Seus pais, Rosinéia e Israel Ribeiro, lembram que foi um período muito difícil para a família. “Estávamos com medo que algo desse errado”, lembra a mãe.

O transplante foi realizado com sucesso e, agora com quatro anos, Rafael está saudável e cheio de energia como qualquer criança. “Foi um milagre, ficamos bem felizes, a recuperação dele foi ótima”, comemora o pai. “Só podemos agradecer a família do doador e aos médicos que ajudaram nosso menino. Já conversei com o Israel, e depois de tudo isso, decidimos que também queremos ser doadores. É um ato muito importante de amor e carinho com o próximo”, afirma Rosinéia.

CAMPANHA 

No Brasil, a doação de órgãos depende do consentimento da família. Assim, o Governo do Paraná adotou a campanha “Doação de Órgãos – Fale Sobre Isso”, que incentiva as pessoas a comunicarem seus familiares mais próximos sobre o desejo de doar. “Na hora certa, eles serão os únicos que poderão fazer valer a sua vontade. Portanto, não perca tempo e informe sua família”, enfatiza a coordenadora do Sistema Estadual de Transplantes, Arlene Badoch.

LOGÍSTICA

Temos hoje comissões devidamente constituídas e treinadas nas áreas de urgência e emergência dos hospitais para trabalhar o processo, uma logística 100% para atender todo estado com infraestrutura área e terrestre e profissionais comprometidos que fazem toda a diferença”, disse. O Governo do Estado criou o serviço aeromédico, que hoje atende a todas as regiões e dá rapidez e agilidade ao transporte de órgãos para transplante de equipe de profissionais responsáveis pelo trabalho.

(Fonte: Agência Estadual de Notícias)

 

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