A tarifa do transporte coletivo de Londrina não sofrerá reajuste em 2020 e será mantida em R$ 4,25. A decisão do prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, foi comunicada em entrevista coletiva, no seu gabinete.
“De 1º de janeiro a 31 dezembro de 2020, a tarifa vai ser de R$ 4,25. Isto significa que não terá aumento do transporte coletivo durante o ano na cidade”, declarou o prefeito. “É uma das mais baratas do Brasil”, ressaltou.
O prefeito Marcelo Belinati esteve acompanhado no anúncio do diretor de Transporte da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), Wilson de Jesus, além de técnicos da companhia.
Ele detalhou que a redução da alíquota do ISSQN (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) sobre o transporte coletivo teve um papel preponderante para garantir a tarifa em R$ 4,25. Conforme a Lei Municipal 12.991, de 20 de dezembro de 2019, aprovada pela Câmara de Vereadores e sancionada pelo prefeito, foi reduzido para zero à alíquota que anteriormente era de 2%. Este imposto impactava com um valor de R$ 0,09 no custo final da tarifa do transporte. O ISSQN pago pelos usuários sistema. A Lei entrou em vigor no dia 1º de janeiro.
“Foi feito o processo licitatório, a tarifa ficou em R$ 4,31, a média seria R$ 4,30. Fizemos a lei do ISS, que reduziria em R$ 0,09, ou seja, R$ 4,31 menos R$ 0,09: R$ 4,22. Estamos colocando a reposição da inflação para os funcionários, o índice convencionado é de 3,7%, o que conferiria a tarifa, arredondando, em R$ 4,25”, explicou Marcelo Belinati, destacando que no valor da tarifa já está contemplada a reposição das perdas inflacionárias no salário dos trabalhadores do sistema de transporte em 3,7%.
O prefeito Marcelo elencou ainda que a manutenção do valor da tarifa é uma forma de manter a atratividade do sistema. “Iniciamos um novo contrato com regras mais justas para a população, que confere propriedade para o município, para a prefeitura de Londrina, de manter a tarifa como uma das menores do país. Estamos buscando um serviço de qualidade para atrais as pessoas a utilizar o transporte coletivo. Além da Lei do ISS, inúmeras melhorias como 65 novos ônibus, sendo 14 com ar condicionado; internet wi-fi em todos os carros do transporte coletivo com pacote 100 mega; wi-fi no Terminal Central e nos demais terminais de integração, entre outras inúmeras melhorias para o sistema de transporte”, afirmou.
O prefeito disse ainda que das obras obras de infra-estrutura que a Prefeitura está realizando e que vão beneficiar o transporte coletivo, como a reconstrução das avenidas Francisco Gabriel Arruda, Winston Churchill e Rio Branco; as duplicações da Faria Lima, da Aminthas de Barros; a construção do Viaduto da 10 de Dezembro. Todas estas obras em andamento. Além dos quatro terminais de bairro que estão sendo reconstruídos. O Terminal do Vivi Xavier já está em obras, o do Milton Gavetti está em licitação e os demais (Acapulco e Ouro Verde), serão executados em 2020.
Comparativo de Tarifas
A tarifa em Londrina é uma das mais baixas do país em comparação com várias cidades maiores ou do mesmo porte.
– Curitiba/PR (R$ 5,21 com subsídio R$ 4,50 – TOTAL DO SUBSÍDIO – R$ 200 milhões)
– São Paulo/SP (R$ 7,01 com subsídio R$ 4,40 – TOTAL DO SUBSÍDIIO R$ 3 BILHÕES)
– Sorocaba/SP (R$ 5,90 com subsídio R$ 4,40 – TOTAL DO SUBSÍDIO R$ 62 MILHÕES)
– Florianópolis/SC (R$ 4,57 com subsídio R$ 4,25 – TOTAL DO SUBSÍDIO R$ 10,8 MILHÕES)
– Maringá (R$ 4,30 cartão passe fácil e R$ 4,50 crédito avulso)
– Ponta Grossa (R$ 4,30)
– São José dos Pinhais (R$ 5,00)
– Blumenau/SC (R$ 4,30);
– Joinville/SC (R$ 4,90 para embarque na hora/ R$ 4,50 para compra antecipada)
– Campinas/SP (R$ 4,95 para pagamento com QR Code e Vale Transporte / Bilhete único R$ 4,55)
– Diadema/SP (R$ 4,65)
– Santo André/SP (R$4,75)
– Osasco/SP (R$ 4,50)
– Barueri/SP (R$ 4,50)
– Porto Alegre/RS (R$ 4,70)
– Guarulhos (R$ 4,70 em dinheiro; R$ 4,45 Bilhete Único e R$ 4,94 no vale transporte)
– Mogi das Cruzes/SP (R$ 4,50).