Servidores e professores da Universidade Estadual de Londrina (UEL) farão nesta quarta-feira, 15, um dia de paralisação. O protesto conjunto dos funcionários em instituições estaduais de ensino superior do Estado tem o principal objetivo de reivindicar reajuste salarial. As categorias alegam que têm defasagem de 42% em seus salários por falta de correções pelo governo do Estado nos últimos sete anos.
Em Londrina o protesto está sendo organizado pelo Sindicato dos Técnicos-administrativos da UEL (Assuel) e Sindicato dos Professores da UEL ( Sindiprol – Aduel). As duas instituições fazem parte do Fórum de Entidades Sindicais (FES). Além da UEL, a Unioeste, UEM, Unicentro e Unespar também devem paralisar as atividades.
“ Estamos sem reposição salarial há sete anos. Desde 2016 sem zerar a inflação do ano anterior. Atualmente técnicos perdem, todos os meses, 42% dos salários. Para se ter uma noção, é como trabalhar por 40h e receber por apenas 23h. Ou se os trabalhadores fossem pagos por apenas sete meses durante o ano”, explicou o presidente da Assuel, Marcelo Seabra.
Segundo Seabra, a Assuel juntamente com os demais sindicatos que compõem o Fórum entregaram ao governo em fevereiro um documento com as demandas do funcionalismo público. “ Eles ficam “enrolando” a gente e não demonstram nenhuma vontade em sentar para negociar a nossa data-base, por isso decidimos parar neste dia 15 como sinal de alerta para uma possível greve no futuro, caso não haja acordo”, declarou.
Além da reposição salaria de 42%, o documento entregue ao governo também contém os seguintes pontos de reivindicação dos trabalhadores:
- Alteração no desconto da Paranáprevidência para aposentados – Atualmente, os descontos são realizados a partir do recebimento de três salários-mínimos, considerando o piso nacional. A categoria deseja que a isenção seja estendida para seis salários-mínimos.
- Melhoria no atendimento do SAS – A precariedade no Sistema de Assistência a Saúde ( SAS), do Governo do Estado, se estende por anos. As reclamações vão desde a demora no agendamento para avaliações médicas e retornos, falta de profissionais, adiamento e cancelamento de consultas e outros procedimentos como cirurgias.
- Concurso público e revogação da LGU – . Existem setores que estão há mais de 20 anos sem concurso público e os servidores vão se aposentando e não tem quem repõe para atender a população paranaense. A LGU (Lei Geral das Universidades) tem de ser revogada imediatamente para os servidores, sobretudo, os vinculados às instituições de ensino superior paranaenses.
PROGRAMAÇÃO DO PROTESTO – DIA 15
7h e 13h – Panfletagem no campus da UEL
– Cancela de acesso pela avenida Castelo Branco
– Cancela de acesso pela reitoria/COU
7h e 13h – Panfletagem no CCS/HU
– Hemocentro
– Estacionamento
9h30 – Ato em defesa da data-base
– Anfiteatro do Cesa 14h30
– Anfiteatro do Cesa 19h30
– Live “Reposição salarial e defesa das universidades públicas do Paraná” com dirigentes de sindicatos de docentes e técnicos.
