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Crianças da Rede Popular fazem apresentação de maculelê

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A Prefeitura de Londrina recebeu em seu hall de entrada, quarta-feira (22) a apresentação de capoeira do projeto Ginga Londrina. A ação é uma iniciativa da mostra Feito na Fábrica – Rede popular de Cultura, que realiza demonstrações dos projetos financiados pelo Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic). Promovida pelo grupo Senzala, a atividade envolveu crianças a partir dos 6 anos de idade, que participaram de uma roda de capoeira e fizeram uma apresentação de maculelê, que simula o combate com uso de bastões, ao som de canto e atabaques.

O projeto Ginga Londrina é formado pelos grupos de capoeira Senzala, Negreiros e Camará. Tendo patrocínio do Promic, surgiu em 2021, dando continuidade a outras iniciativas que já vinham sendo oferecidas à comunidade londrinense: os projetos “Berimbau da Cidadania” e “Gingando em Londrina”.

O coordenador da Fábrica – Rede Popular de Cultura, Valdir Grandini, frisou que a capoeira nasceu como uma luta, mas além do aspecto físico tornou-se uma forma de resistência popular, tendo evoluído como dança e manifestação cultural. “Temos que manter a capoeira na memória, no corpo e nas canções. Percebemos, hoje, que é uma manifestação da sabedoria do povo. É uma cultura nossa, que comunga com a cultura popular do mundo e isso é muito forte. Portanto, temos que disseminar a capoeira pela cidade, e temos agentes e mestres de capoeira capacitados para isso”, destacou.

Foto: Divulgação

Os grupos de capoeira realizam atividades em oito pontos distribuídos entre as regiões oeste, leste e norte de Londrina, oferecendo aulas gratuitas à população. As sessões são oferecidas de segunda a sexta-feira e têm duração de uma hora, sendo que os treinos ocorrem de duas a três vezes por semana, nos horários da manhã e da noite. Podem participar crianças a partir dos 6 anos, e não há limite de idade.

O mestre Vanderlei Pires, que foi aluno do mestre Lampião e treina capoeira desde os anos 80, atuando há 30 anos com o Grupo Negreiros, conta que a capoeira é uma atividade de socialização e cooperação. “Independentemente de cor, raça e poder aquisitivo, as pessoas se integram. A capoeira mostra que ninguém vive sozinho, todos têm que participar jogando, tocando ou cantando e, quando somadas essas atividades, elas contribuem para o grupo todo”, ressaltou.

De acordo com o professor de capoeira Marcio Triachini, que atua no grupo Senzala, toda a comunidade é bem-vinda a participar das aulas. “Temos alunos de 60 anos e todos participam de todas as atividades. É claro que, quando a pessoa chega, a gente percebe as limitações e respeitamos isso. Devagarzinho, nós vamos trabalhando o alongamento e a coordenação motora, e conforme o aluno vai se desenvolvendo nas aulas, nós vamos aumentando a dificuldade durante os treinos”, relatou.

Foto: Divulgação

Segundo o aluno Gabriel Rubim, que treina com o grupo Senzala desde 2018, a capoeira permite um olhar diferente sobre a cultura brasileira. “A gente passa a perceber a cultura que está diretamente ligada às nossas raízes ancestrais, afro-brasileira e indígena. Eu passei a prestar atenção nos ensinamentos, principalmente das pessoas mais velhas. Durante os treinos, sempre temos a troca de experiências, e isso ocorre tanto na hora que estamos jogando quanto na vida pessoal”, frisou.

Para Regina Reis, que assistiu à apresentação, ver crianças tão pequenas participando de uma performance é maravilhoso.  “Quando a gente vê uma participação como essa é que percebemos o quanto a capoeira é necessária para a cultura. As pessoas em volta se encantam, e precisamos manter viva essa tradição. Algumas pessoas podem se interessar através dessas apresentações, e ir conhecer melhor a cultura que a capoeira transmite; é realmente muito satisfatório ver isso acontecendo”, disse.

Demais apresentações –  As atividades desenvolvidas pela mostra Feito na Fábrica – Rede Popular de Cultura, estão sendo transmitidas ao vivo pelo perfil oficial de Instagram da Secretaria Municipal de Cultura.

Na segunda-feira (20), foi apresentado o projeto A Rua Dança a Cidade.  Na terça (21), foi a vez da oficina de Coro Cênico. Para fechar a programação, na quinta-feira (23), às 15h, será realizada a apresentação do Projeto Villa-Lobos, que reúne alunos da rede municipal de Educação, orientados pela Orquestra de Câmara Solistas de Londrina. (Fonte: NCom/Prefeitura)

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