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Debate marca lançamento de projeto sobre umbanda

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Um debate sobre a Umbanda será realizado na quarta-feira (2), às 20 horas, no Museu Histórico de Londrina, e deverá promover reflexões aprofundadas nos participantes. Trata-se do lançamento oficial do projeto “A Umbanda na Terra do Café: entre Trajetórias e Histórias para Construção da Tolerância”.

A entrada é livre. Basta, apenas, confirmar presença através do e-mail: umbandanaterradocafe@gmail.com. O público vai tomar conhecimento sobre a religião fundamentada em vibrações de matrizes africana e indígena, com fortes incorporações de elementos católicos e até mesmo kardecistas – ou do espiritismo, como preferem designar os mais puristas.

O debate terá a participação de Mãe Josi de Yemanjá (Mãe de Santo do Terreiro Manoel de Umbanda, há 22 anos), de Kattelyn Monte Paiva (estudante de Medicina na Universidade Estadual de Londrina. Sua iniciação na Umbanda se deu ainda criança; há 18 anos pratica a religião no Terreiro Manoel de Umbanda).

A mediação será feita por Fábio Lanza, graduado em Ciências Sociais, com mestrado em História e doutorado em Ciências Sociais. Atua como professor do Departamento de Ciências Sociais, da Graduação, do Programa de pós-graduação em Ciências Sociais – Mestrado e da Especialização em Religiões e Religiosidades na Universidade Estadual de Londrina.

O projeto “A Umbanda na Terra do Café: entre Trajetórias e Histórias para Construção da Tolerância” tem patrocínio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura, o PROMIC, sob nº 21-164.

Realização: Atrito Arte Artistas e Produtores Associados (AARPA), que firmou parceria com o Laboratório de Estudos sobre Religiões e Religiosidades (LERR), da Universidade Estadual de Londrina. Coordenação geral do projeto: Chris Vianna, prestigiada produtora cultural de Londrina.

FOCO EM CÉLEBRES PERSONAGENS

“A Umbanda na Terra do Café: entre Trajetórias e Histórias para Construção da Tolerância” propõe-se a várias manifestações. A começar pela investigação da história dos terreiros (ou congás), que surgiram para o atendimento de um significativo número de pessoas da sociedade londrinense e até mesmo de cidades vizinhas.

Faz-se necessário, pois, trazer à tona o cotidiano da Umbanda em Londrina, dos primórdios aos dias atuais. Para isso, é preciso apresentar – e reverenciar – notáveis personagens, que participaram e participam da construção da cultura umbandista em nossa cidade.

Entre alguns, Pai Roberto de Ogum (Pai de Santo do terreiro Ilê Axé Estrela Guia, que se localiza no Jardim das Palmeiras, Zona Norte de Londrina; Pai Sena de Ogum e a Mãe Josi de Yemanjá, ambos coordenadores do Centro Umbandista Manuel de Umbanda, localizado no Jardim Califórnia, Zona Leste da nossa cidade, entre outros expressivos terreiros onde se pratica a Umbanda.

Para Fernanda de Abreu, coordenadora de pesquisa de “A Umbanda na Terra do Café: entre Trajetórias e Histórias para Construção da Tolerância”, um dos aspectos mais importantes do projeto consiste na oportunidade de dar voz a sujeitos locais que, historicamente, nunca foram ouvidos.

Diz Fernanda: “Buscar essas vozes da Umbanda em Londrina, registrá-las e valorizá-las é muito gratificante. Com isso, promove-se uma forma de justiça social. O compartilhamento de vivências expande nossas referências culturais e históricas e, sobretudo nos enriquecer enquanto sociedade”.

LEVAR CONHECIMENTO SOBRE A UMBANDA

O racismo cultural e a intolerância com linhagens religiosas afro-brasileiras serão, evidentemente, abordados durante a execução de “A Umbanda na Terra do Café: entre Trajetórias e Histórias para Construção da Tolerância”.

O preconceito religioso provém do desconhecimento do papel que a religião cumpre, inclusive, no campo social através do auxílio às pessoas mais necessitadas. Tal solidariedade humana norteia todos os terreiros de Umbanda instalados em solo brasileiro.

O projeto parte do princípio que, com a propagação e intercâmbio de conhecimento de expressões culturais afro-brasileiras, é possível combater intolerâncias e estimular a formação cidadã para o respeito.

Além da valorização da comunidade umbandista local, e consequente disseminação da pluralidade religiosa, o projeto pretende propiciar o acesso da população ao vasto patrimônio material e imaterial dos terreiros e da trajetória de seus dirigentes

“A Umbanda na Terra do Café: entre Trajetórias e Histórias para Construção da Tolerância” contempla a publicação de um livro (com textos do escritor Maurício Arruda Mendonça e fotos de Yashiro Yamasu), a produção de um documentário (com direção do cineasta Carlos Fofaun, e que ficará disponível no canal do YouTube do projeto e em outras redes sociais), e a construção de um site permanente (com informações atualizadas).

Serão realizados também 15 debates em terreiros, escolas de capoeira e no Centro de Letras e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Londrina. O projeto direciona-se também ao público jovem e aos alunos do Ensino Médio. Para isso, serão selecionadas, por meio de editais, cinco escolas, cada uma localizada numa região de Londrina.

BREVE HISTÓRICO SOBRE A UMBANDA

Mesmo sincrética, a Umbanda é considerada uma religião genuinamente brasileira. Teria surgido, oficialmente, no dia 15 de novembro de 1908, num Centro Espírita de Niterói (RJ), provavelmente com vertente kardecista.

Neste dia e neste local, o médium Zélio Fernandino de Moraes (1891-1975) fora convidado para sentar-se à mesa mediúnica. Durante os trabalhos, ele incorporou o Caboclo das Sete Encruzilhadas, entidade de origem indígena, que anunciou as bases de uma nova religião.

De acordo com as determinações do caboclo, a (nova) crença não iria discriminar, como era de praxe nos centros espíritas de várias designações, as mensagens (e manifestações) de falanges indígenas e dos negros escravizados. O Dia Nacional da Umbanda é celebrado no dia 15 de novembro. A data foi oficializada no dia 16 de maio de 2012, através da lei federal nº 12.644/12.

FONTE: https://www.significados.com.br/

SERVIÇO

• Debate – lançamento oficial do projeto “A Umbanda na Terra do Café: entre Trajetórias e Histórias para Construção da Tolerância”. Entrada franca, mas é preciso reservar presença pelo e-mail: umbandanaterradocafe@gmail.com

• Nesta quarta-feira (02.02), às 20 horas, no Museu Histórico de Londrina (entrada pela avenida São Paulo, entre a avenida Leste Oeste e Rua Benjamim Constant).

• O debate terá a participação de Mãe Josi de Yemanjá, Mãe de Santo do Terreiro Manoel de Umbanda, há 22 anos); e de Kattelyn Monte Paiva, estudante de Medicina na Universidade Estadual de Londrina, iniciada na Umbanda desde criança, com atuação há 18 anos, no Terreiro Manoel de Umbanda.

• Mediador: Fábio Lanza, doutor em Ciências Sociais e docente do Departamento de Ciências Sociais da UEL.
FICHA TÉCNICA

• O projeto “A Umbanda na Terra do Café: entre Trajetórias e Histórias para Construção da Tolerância” é patrocinado pelo Programa Municipal de Incentivo à Cultura, o Promic. Foi inscrito e aprovado sob nº 21-164.

• Realização: Atrito Arte Artistas e Produtores Associados (AARPA), que firmou parceria com o Laboratório de Estudos sobre Religiões e Religiosidades (LERR), da Universidade Estadual de Londrina.

• Coordenação: Chris Vianna

• Coordenação da pesquisa: Fernanda de Abreu

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