Entidades representativas da sociedade londrinense como ACIL, CEAL, SESCAP-LDR, Sindimetal, Sinduscon e SRP manifestaram-se nesta quinta-feira (19) a respeito de uma proposta do prefeito eleito Tiago Amaral no sentido de reajustar os salários do vice-prefeito e secretários municipais a partir de 2025. Os representantes destas entidades se dizem favoráveis ao enxugamento da máquina pública, acompanhado pela eficiência dos serviços.
Em nota divulgada pelas entidades, há uma ressalva, no entanto. “No caso de Londrina há um descompasso entre os salários da iniciativa privada e do primeiro escalão da Prefeitura’. Há tempos está em discussão a necessidade de retenção de talentos em áreas essenciais do Executivo municipal, especialmente o secretariado, para que desperte o interesse de quadros qualificados para gerir setores indispensáveis como saúde, educação, trânsito, segurança e planejamento, entre outros, que exigem muita transparência, responsabilidade e competência”
Por esses motivos, as entidades veem com naturalidade a proposta para aumento de salário de setores primordiais, desde que o investimento seja correspondido com a melhoria e a agilidade de serviços, gerando benefícios para a população, diz a nota. “Da mesma forma, é importante que a despesa gerada por tais medidas seja equacionada dentro da própria gestão pública com corte de gastos em setores de pouca eficácia, para que não haja aumento da carga tributária para o contribuinte. Essa atualização salarial não deve ser acompanhada de um efeito cascata, evitando-se que seja replicada em outros escalões da administração pública, incluindo cargos comissionados. Dessa maneira, com respeito ao contribuinte e responsabilidade fiscal, será possível atrair novos talentos para a Prefeitura e melhorar o seu desempenho”.
O prefeito eleito encaminhou pedido à Câmara de Vereadores para o aumento salarial do vice-prefeito e secretariados para R$ 21,9 mil. Hoje, a remuneração do vice-prefeito é de R$ 9,1 mil. Os secretários recebem R$14,4 mil. O valor é inferior ao pago por prefeituras de cidades como Maringá, Cascavel e Ponta Grossa. Em Londrina, o prefeito recebe R$ 24,3 mil. Não houve pedido para a elevação deste vencimento, que seria mantido.