A Secretaria Municipal de Saúde apresentou nesta quinta-feira (31) o resultado do 3º Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) de 2019. Com 9.610 imóveis vistoriados, o índice de infestação predial (IIP) foi de 2%, o que coloca o município em situação de alerta, conforme classificação do Ministério da Saúde. O levantamento foi feito de 14 a 18 de outubro.
O índice é menor do que o registrado no 2º LIRAa de 2019, divulgado em maio, que demonstrou uma infestação de 5,3%, apontando para uma possível epidemia de dengue, que foi confirmada posteriormente. A maioria dos focos (55,8%) foi encontrada em depósitos móveis, como vasos, pratos, frascos com plantas, bebedouros de animais, entre outros locais. Outros 20,2% incluíram locais como lixos, recipientes plásticos, garrafas e latas. E 11,2% estavam em depósitos fixos, como calhas, laje, ralos e sanitários em desuso.
O secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, destacou que o índice preocupa, principalmente por conta do período de calor, que propicia uma maior proliferação do mosquito. “É evidente que se as medidas não forem tomadas neste momento, os reflexos virão de maneira muito forte, como aconteceu no último ano. Os focos continuam dentro das casas das pessoas, por isso a importância da população fazer a sua parte na luta contra a dengue. Precisamos da união de toda a sociedade civil organizada, junto ao poder público, para evitarmos uma nova epidemia de dengue na cidade”, disse.
Segundo o levantamento da SMS, a região norte foi a que apresentou maior número de focos do mosquito, com 3,40%%; seguida pela leste, com 2,14%; sul, com 1,90%; centro, com 1,76% e oeste, com 1,49%%. O documento também apontou o TOP 10, das piores localidades em infestação do Aedes aegypti. No topo da lista está a sublocalidade Aeroporto (18,18%), seguida por Felicidade (13,39%), Jardim Leblon (12,50%), Dom Bosco (12,12%), Kase (9,86%), Jardim Ideal (9,09%), Presidente Vargas (8,62%), Vila Brasil (7,89%), São Marcos (7,69%) e Bom Retiro (6,67%).
De acordo com o secretário da pasta, as equipes de endemias prosseguirão com o trabalho de campo e o educativo, de combate ao Aedes, em todas as regiões da cidade. Com relação à situação epidemiológica de Londrina, do início do ano até agora foram notificados 14.262 casos suspeitos de dengue. Destes, 3.239 foram confirmados, 10.429 descartados, e outros 594 estão em andamento, aguardando o resultado de exames laboratoriais.
Sobre o levantamento – O LIRAa é um mapeamento rápido que permite identificar como está a infestação por Aedes aegypti no município. Também possibilita identificar quais os bairros mais críticos e quais depósitos (de focos) são predominantes na área. Com o resultado, é possível planejar as ações de controle que serão adotadas, principalmente em áreas críticas.
O Ministério da Saúde classifica que municípios com índice de infestação predial inferior a 1% estão em condições satisfatórias; de 1% a 3,9% é considerado situação de alerta e superior a 4% há risco de surto de dengue.