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Redutores em vias preferenciais podem melhorar fluxo em rotatórias de Londrina

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Estudos e simulações realizados por pesquisadores do Laboratório de Filmes Finos e Materiais, do Centro de Ciências Exatas (CCE) da UEL, propõem uma solução simples e pragmática para atenuar o problema de congestionamento de veículos em rotatórias de Londrina. O estudo utiliza equações e os princípios da cinemática, que considera quatro grandezas físicas – velocidade, tempo, espaço e aceleração -, para apontar uma alternativa que reduza o tráfego de carros em cruzamentos, melhorando o fluxo nas vias urbanas. O trabalho foi conduzido pelo estudante de Iniciação Científica Junior Mateus Panunci Gonçalves, que frequenta o 3º ano do Ensino Médio no Colégio de Aplicação da UEL. Mateus tem apenas 17 anos e é orientado pelo professor Alexandre Urbano, do Departamento de Física.

Curiosamente, a solução proposta prevê apenas a construção de um obstáculo, um  redutor de velocidade (uma elevação na pista) nas vias preferenciais como forma de controle do fluxo de veículos e, consequentemente, do tempo de espera por parte de condutores nas rotatórias. O que parece óbvio tem fundamento científico: ao instalar um elevado em uma das alças de uma rotatória (na preferencial), o condutor do veículo teria de reduzir a aceleração e velocidade do veículo ao se aproximar do cruzamento na via contrária, aumentando em três vezes o fluxo de veículo na pista contrária. Dessa forma, ao invés de um carro por segundo (cruzando a rotatória), seriam três veículos ou mais.

Analisando a equação cinética, os pesquisadores concluíram que uma forma prática e simples de redução do tráfego seria o controle de fluxo nas preferenciais, que são as vias que detêm o maior volume de veículos.

Para chegar à conclusão, professor e estudante utilizaram como modelo a rotatória localizada na Rua Prefeito Faria Lima com Avenida Aniceto Espiga e Constantino Pialarisse, na região Oeste. Por meio do Google Maps, eles fizeram a medição das vias e das longas filas que se formam no cruzamento em horários de pico. Também mediram o tempo dos veículos para fazerem o contorno. Utilizando os princípios, foi possível concluir inclusive a distância exata para instalação do redutor.

Segundo o professor Alexandre Urbano, o motorista que estivesse no cruzamento saberia que o condutor que vem na via contrária (na preferencial) teria de reduzir a velocidade em virtude do obstáculo. É nesse momento que o fluxo aumenta, na medida que há redução de movimento.

O pesquisador considerou como muito importante a participação do jovem estudante nas pesquisas acadêmicas, por meio das quais é possível, segundo Urbano, entrar no mundo acadêmico aos poucos:

Demanda antiga

A simulação e os cálculos que consideraram a rotatória da Faria Lima com Avenida Aniceto Espiga, mas, de acordo com os pesquisadores, vale para os demais cruzamentos de Londrina. A conclusão do estudo pode ajudar bastante motoristas da cidade, além do poder público. Levantamento divulgado em 2019 pela TV Tarobá, com base em informações oficiais da Prefeitura de Londrina, confirmou um total de 87 rotatórias para uma frota de mais de 407 mil veículos, entre motos e carros. O número é quase o dobro da quantidade em Curitiba, que tem 41 rotatórias para uma frota de pouco mais 1,5 milhão de veículos. (Fonte: Pedro Livoratti/Agência UEL)

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