A coordenação de Controle de Endemias, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizou, de 4 a 8 de julho, o trabalho de campo necessário para elaborar o 3º Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) de 2022. Nesta etapa, os agentes vistoriam imóveis para identificar pontos de água parada e de focos do mosquito.
A vistoria é feita em aproximadamente 11 mil imóveis residenciais e comerciais, além de construções e terrenos baldios, situados em cerca de 257 localidades da área urbana. Na próxima semana, será feita a compilação dos dados obtidos no trabalho de campo, para tabulação e posterior divulgação pela SMS.
Durante essa etapa do trabalho de campo, os agentes vistoriam em busca de água parada ou de focos de mosquito. Quando são encontrados os focos, uma amostra é recolhida e enviada para o laboratório, a fim de identificar se é do Aedes aegypti ou de outro mosquito. O restante dos focos é eliminado pelos agentes, que também orientam os moradores sobre como evitar a proliferação do Aedes, responsável pela transmissão de várias doenças.
O LIRAa anterior, divulgado em abril deste ano, apontou um Índice de Infestação Predial (IIP) de 7,8%, número que colocou Londrina em situação de risco epidemiológico, conforme classificação do Ministério da Saúde (MS). Constatou-se que 93% dos focos do mosquito estavam nos quintais e jardins residenciais, em potes, vasos, latas, tambores e baldes com água da chuva, lajes, calhas entupidas, potes de água para cachorros e em caixas d’água sem tampa. Os outros 7% dos focos identificados foram encontrados em objetos dentro dos imóveis, como vasos de plantas e ralos de cozinha, banheiro e lavanderia.
Após o resultado, a Prefeitura realizou uma série de ações de combate ao vetor, como mutirões nos bairros com maior infestação do mosquito, para a conscientização dos moradores e recolhimento de objetos que acumulam água parada. Também foram feitos cinco ciclos de aplicação de inseticida via fumacê, para eliminar o Aedes aegypti, em parceria com a Secretaria de Saúde do Estado (SESA), que cedeu os carros fumacê e o inseticida. O trabalho aconteceu nas regiões norte e leste e atingiu 41.195 imóveis.
De acordo com o coordenador de Endemias da SMS, Nino Ribas, a Prefeitura segue com as ações de combate, que incluem: visitas de rotina; monitoramento com armadilhas; realização de bloqueios de casos suspeitos de arboviroses; atendimento às denúncias recebidas pelo Disque-Dengue; atendimento a imóveis fechados em poder de imobiliárias; e visitas quinzenais em imóveis com grande acúmulo de materiais. As atividades incluem ainda a aplicação de inseticida utilizando bomba costal, conforme avaliação técnica; palestras e atividades educativas em escolas e empresas; e reuniões com líderes comunitários, informando o cenário entomológico e epidemiológico de cada bairro.
Sobre o levantamento – O LIRAa é um método simplificado que permite identificar como está a infestação e distribuição do vetor Aedes aegypti no município. Trata-se de uma amostragem, que possibilita identificar quais os bairros mais críticos e quais depósitos (de focos) são predominantes na área. Com o resultado, é possível planejar as ações de controle que serão adotadas, principalmente em áreas críticas.
O Ministério da Saúde classifica que municípios com Índice de Infestação Predial inferior a 1% estão em condições satisfatórias; de 1% a 3,9% é considerado situação de alerta; e superior a 4% há risco de surto de dengue.
Boletim da Dengue – De acordo com o relatório epidemiológico sobre a situação da doença em Londrina, divulgado na quarta-feira (6), o município acumula, do início do ano até o momento, 9.091 notificações relacionadas à dengue, das quais 1.536 estão confirmadas, 3.930 descartadas e 3.625 encontram-se em análise, aguardando o resultado de exames. Londrina também contabiliza dois óbitos, no período, em decorrência da doença.
Disque-Dengue – A população pode fazer denúncias de imóveis ou áreas suspeitas de terem focos do mosquito Aedes aegypti, entre eles terrenos baldios ou ambientes que possam facilitar a proliferação do vetor. O contato pode ser feito pelo telefone 0800-400-1893, de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas. Quando o munícipe é notificado como suspeita de arboviroses, as equipes da Endemias realizam os bloqueios dos casos dentro de 48 horas.
Orientações – A SMS orienta que cada família dedique 15 minutos de seu tempo, uma vez por semana, para vistoriar sua casa e quintal, verificando se há objetos que podem acumular água. Os itens devem ser removidos e descartados em sacos plásticos para a coleta seletiva ou para o recolhimento pelo caminhão de lixo. Com uma ação semanal, é possível impedir que ovos, larvas e pupas do mosquito cheguem à fase adulta, freando a transmissão das doenças transmitidas pelo Aedes, como a dengue, vírus Zika e chikungunya. (Fonte: Prefeitura/NCom)