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Como escolher entre porcelanato e cerâmica?

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Por Aline Monteiro (*)

Um tema que sempre levanta dúvidas na hora de escolher os pisos e revestimentos em obras ou reformas é: Qual a diferença entre porcelanato e cerâmica?

De uma forma bastante simplificada, podemos dizer que a diferença está no processo de fabricação e na composição dos materiais.

Na fabricação do porcelanato, são adicionadas substâncias mais nobres, como a porcelana, que não estão presentes no material usado para a fabricação da cerâmica; além disso, ele também passa por uma maior temperatura de queima, maior compactação, e conta com atomização do pó na preparação da massa, o que confere ao porcelanato uma maior durabilidade e menor porosidade, ou seja, menor índice de absorção de água.

Uma diferença que podemos notar na hora de assentar os revestimentos é o espaçamento entre as peças, que pode ser menor em porcelanatos, enquanto a cerâmica exige a junta tradicional.

Já a cerâmica é um produto mais conhecido pelos brasileiros, por ser usada em nossas construções desde os tempos da colonização, ela é composta por uma mistura de argila e alguns minerais, e possui diversos tipos de acabamentos e aplicações.

É importante salientar que um material não é superior ao outro, precisamos levar em consideração o ambiente em que será instalado, interior ou exterior, residencial ou comercial e etc. e o seu objetivo, que pode ser funcional ou estético. Outro ponto importante é acertar no acabamento das peças, que podem ser polidas, esmaltadas, ou naturais.

De uma forma resumida, a superfície polida confere a peça brilho mais intenso, porém é recomendada para áreas residenciais internas, por ser mais escorregadia e menos resistente a riscos. As peças esmaltadas possuem a superfície com acabamento em esmalte, podendo ser lisas, acetinadas, brilhantes, com relevo ou rústicas, oferecendo diversas possibilidades de uso em diferentes áreas. Já em locais de alto fluxo de pessoas, como ambientes comerciais, é recomendada a utilização de porcelanato com acabamento natural, por ser mais resistente.

Ao instalar pisos esmaltados também é necessário se atentar para a classificação PEI (Porcelain Enamel Institute), que avalia o tipo e a qualidade do esmalte, e vai do 1 ao 5: quanto mais alto é o PEI, mais resistente é o piso.

Avaliando o ambiente e a sua funcionalidade fica fácil escolher os tipos de pisos e revestimentos a serem utilizados, não é mesmo?

Foto: Escada revestida com porcelanato polido (Arquivo Pessoal)

(*) Aline Monteiro é arquiteta e urbanista, especialista em design de interiores.

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