Em coletiva transmitida de forma on-line nesta quarta-feira (15), o prefeito Marcelo Belinati anunciou que irá manter, até domingo (19), as condições de prevenção à Covid-19 aplicadas em estabelecimentos comerciais, de prestação de serviço, indústrias e demais setores econômicos. Na ocasião, o prefeito destacou que está em andamento uma análise minuciosa sobre a situação da pandemia em Londrina e com esses dados técnicos, podem ser estabelecidas regras ainda mais rígidas para reduzir o contágio e transmissão do novo coronavírus, ou, se houver a possibilidade, um relaxamento dessas medidas.
Dessa forma, o comércio de rua segue funcionando das 10 às 16 horas, de segunda a sexta-feira. Além de fornecer álcool em gel e exigir o uso de máscaras, é restrito o número de pessoas nas dependências da empresa, para que não haja aglomeração, dentre outras determinações.
Já os bares, lanchonetes, restaurantes e demais estabelecimentos que comercializem gêneros alimentícios para consumo imediato, deverão privilegiar o sistema de entrega em domicílio ou de retirada no local. Prestadores de serviços, profissionais liberais e autônomos, deverão manter o agendamento distanciado de clientes por, no mínimo, 10 minutos.
Shopping centers, galerias e centros comerciais podem abrir de segunda a sexta, das 11 às 19 horas, e permanece proibida a utilização de praça de alimentação, quiosques ou qualquer outro espaço similar para consumo de produtos e alimentos.
Quanto às igrejas e instituições religiosas, as celebrações deverão ocorrer em período máximo de uma hora, com lotação reduzida a 30% da capacidade total de lotação, entre outras questões. E, em todas estas empresas e estabelecimentos, permanece proibida a entrada de crianças.
Toda a legislação municipal, relacionada ao enfrentamento da pandemia de coronavírus, está disponível em link especial, na página principal do Portal da Prefeitura. A íntegra do decreto n° 823 também pode ser conferido na edição desta quarta-feira (15), do Jornal Oficial do Município.
Cenário da pandemia – Durante a transmissão, Marcelo explicou que as decisões sobre o enfrentamento da pandemia em Londrina têm como base dados médicos, científicos, epidemiológicos e técnicos. “Vamos continuar seguindo orientações médicas e científicas. Mas, percebi nos últimos dias que muitas pessoas deixaram de praticar todas as medidas, tão necessárias, e que fizeram com que Londrina tivesse uma situação de controle mais adequado que outras cidades do mesmo porte no Paraná e outros estados”, destacou.
O prefeito citou o uso da máscara de contenção, que é obrigatório na cidade desde 15 de abril. “Londrina foi uma das primeiras cidades do Brasil, e do mundo, a instituir o uso da máscara. É por isso que temos menos casos que Maringá, Rio Preto, Cascavel, Florianópolis, e outras cidades. Mas, se as pessoas não tomarem esses cuidados, vamos ter um aumento exponencial do número de casos. Então faço um apelo, pois voltamos com as atividades produtivas, mas precisamos reforçar todas as medidas de prevenção e proteção da saúde”, frisou.
Além da máscara de contenção, o distanciamento social, higienização das mãos com frequência, e também das superfícies, são ações eficazes que conseguem reduzir a transmissão do Sars-CoV-2, vírus causador da pandemia. “Estamos fazendo monitoramento semana a semana, dia a dia, muitas vezes até mais de uma vez por dia. Peço que as pessoas continuem a usar a máscara, lavar as mãos, fazer o distanciamento. Quem é idoso ou tem comorbidade, que fique em casa. A doença é cruel com pessoas de mais idade ou quem tem problemas de saúde, como pressão alta, diabetes ou sobrepeso. E se precisa sair para trabalhar, use máscara, se proteja. Isso é que vai nos proteger, e não vai deixar que percamos o controle”, reforçou.
Os dados, que são analisados pelo corpo técnico e pelo COESP, podem oferecer projeções de cenários. Para o prefeito, é necessário conferir como a pandemia se comportou nos dias anteriores, especialmente durante a quarentena sancionada pelo governo do Estado, para avaliar uma possível flexibilização nos próximos dias, ou até mesmo uma restrição ainda maior. “Temos que reanalisar todos os dados da evolução da pandemia, e que já estamos fazendo, para que a gente possa ou avançar na flexibilização, em relação a determinados setores e atividades, ou retroceder, colocando em primeiro lugar a saúde e vida das pessoas. Precisamos de muito critério e responsabilidade, para analisar cada uma dessas questões. Dentro do possível, vamos conciliar para garantir a saúde das pessoas e permitir que busquem seu sustento”, finalizou.
Acompanhando o prefeito na coletiva, o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, citou que, durante o inverno, é esperado nas unidades de saúde o aumento dos atendimentos para síndromes respiratórias. Como exemplo, o secretário apresentou dados da UPA Sabará, unidade 24 horas exclusiva para quadros respiratórios. Em junho, a média de atendimentos diários no local foi de 127 pacientes. Ao final do mês, essa média subiu para 150 e, na primeira quinzena de julho, chegou na média de 224 casos, por dia.
Machado recomendou que todas as medidas de prevenção precisam ser aplicadas diariamente, por todos os londrinenses, para evitar que haja um desequilíbrio entre o número de casos de coronavírus e as condições para a assistência desses pacientes, como a oferta de leitos hospitalares e EPIs. “Estamos no inverno, o período de maior circulação dos vírus respiratórios. E notamos que a quarentena imposta pelo Estado distanciou a população das orientações de saúde. Mas queremos retomar essa confiança, porque temos segurança de que as medidas aplicadas pela Prefeitura são adequadas. Temos os melhores índices dentre as grandes cidades do Paraná, isso mostra que as medidas tomadas desde 16 de março foram adequadas e exitosas. E contamos com a colaboração de todos, pois estamos em um momento de cautela e análise do que deve ser feito”, ressaltou. (Fonte: Prefeitura/Ncom)