O vice-presidente do Londrina Esporte Clube, Getúlio Castilho, declarou nesta terça-feira (28), em entrevista à Rádio Brasil Sul, que “o LEC hoje é totalmente viável”. Quando tomou posse em dezembro, o presidente Felipe Prochet disse que a agremiação ainda não tinha condições de “caminhar com as próprias pernas” e por isso os caminhos seriam “convencer a SM Sports a permanecer até o fim do contrato (dezembro deste ano) e, durante o período, buscar um novo parceiro.
O gestor de futebol Sérgio Malucelli já anunciou sua decisão de deixar o LEC no final do Campeonato Paranaense.
Getúlio Castilho foi indagado pelos radialistas sobre a parceria que Malucelli estaria acertando com Araucária (Região Metropolitana de Curitiba) para comandar o time da cidade e tentar levá-lo da Segundona à principal divisão do futebol estadual. Extraoficialmente, circulou a informação de que o CT da SM Sports começará a ser utilizado em breve pelo Araucária. O vice-presidente do Tubarão disse que não tinha informações sobre o assunto.
O entrevistador Abílio Bezerra considerou a negociação com o Araucária um “desrespeito ao LEC”. Castilho admitiu que a situação era incômoda, mas elogiou o gestor: “O Sérgio foi muito importante para o Londrina, ninguém pode tirar o mérito dele”, disse Castilho, acrescentando que “como ele não deve ficar para o próximo campeonato, então vamos aguardar e ver o que a gente pode fazer para tocar o clube, porque o Londrina não pode parar”.
Segundo Getúlio Castilho, o clube também está “buscando uma alternativa” para quando a saída da SM se concretizar.
O Tubarão teria em caixa atualmente cerca de R$ 2,3 milhões. A SM teria uma dívida de R$ 1,5 milhão (repasse contratual pendene) e também cerca de R$ 200 mil por multa proporcional, já que o contrato seria quebrado. As dívidas do clube (ainda rescaldo da intervenção judicial de 10 anos atrás) são administráveis. O LEC ainda discute uma ação trabalhista na Justiça.
Além do Campeonato Paranaense, o Tubarão está na Copa do Brasil e o primeiro confronto será com o XV de Piracicaba, em fevereiro. No segundo semestre, o Alviceleste disputará o Campeonato Brasileiro da Série C. Um dos obstáculos para a formação de uma equipe profissional após a saída da SM Sports é que todos os jogadores pertencem à empresa, inclusive as categorias de base (Sub-23 e Sub-20).
(Foto: Gustavo Oliveira/LEC)
