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Covid: Londrina amplia para nove o número de postos para atender 1.290 pessoas por dia

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Londrina reestruturou o seu sistema público de saúde para reforçar o combate à pandemia de Covid 19 com novos serviços para atendimento exclusivo de pacientes com problemas respiratórios. A decisão foi anunciada na noite de sábado (29) pelo prefeito Marcelo Belinati e detalhada na manhã desta terça-feira (1º) pelo Secretário de Saúde, Felippe Machado. O número de Unidades Básicas de Saúde (UBSs) sobe agora para nove, com a estruturação das UBSs Milton Gavetti (zona norte), Vila Casoni (centro), Ernani Moura Lima (zona leste) e San Izidro (zona sul).

Estes postos de saúde darão suporte aos outros cinco (leia abaixo) que já atendem os pacientes com suspeita de Covid, além da UPA Sabará, que estava sobrecarregada. A partir da próxima segunda-feira (7), além de reorganizar o atendimento primário em saúde, a Prefeitura amplia o número de médicos em cada posto de saúde de dois para três profissionais. O objetivo é dotar o sistema primário de estrutura para atender 1.290 pessoas por dia.

Além das novas UBSs dedicadas a pacientes com problemas respiratórios, a Saúde está ampliando em 40 o número de leitos de enfermaria nos Hospitais da Zona Norte e Zona Sul, desafogando os hospitais de alta complexidade. As medidas foram discutidas por integrantes do Executivo Municipal, Ministério Público do Estado do Paraná (MPPR), Ministério Público Federal (MPF), 17ª Regional de Saúde, profissionais dos hospitais da Zona Norte, da Zona Sul, Evangélico e da Santa Casa.

Para reforçar o serviço de transporte de pacientes, efetuado pelo Samu, a Prefeitura contratou uma empresa por meio de terceirização. Segundo o Secretário Felippe Machado, a meta é que este serviço responda pelo transporte de cinco pacientes por dia, em média, com 450 deslocamentos em três meses.

“Estamos no pior momento da pandemia. Temos menos casos, mas agora são mais graves. Os idosos estão vacinados e já não são a faixa de público que mais nos demanda. Mas a doença atinge pessoas mais jovens e exige tempo de internação maior, em geral”, disse o prefeito na noite de sábado. Desde o início da pandemia em Londrina, a Prefeitura informa que contratou mais de mil profissionais de saúde;  está investindo cerca de R$ 3,5 milhões mensais no pagamento de horas extras executadas pelos profissionais de saúde, que estão dobrando a jornada de trabalho; tem atendido mais de 100 pacientes diariamente em cada uma das cinco Unidades Básicas de Saúde exclusivas para a Covid-19, além de 500 pacientes por dia na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de referência no município, que fica no Jardim Sabará, zona oeste de Londrina.

Período crítico

Para o pneumologista Alcindo Cerci Neto, que também é integrante do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública, o motivo da cidade estar vivenciado um dos períodos mais difíceis talvez se explique pela junção de alguns fatores. Entre eles estão: a saturação da população com relação à manutenção das medidas preventivas ao coronavírus; a banalização do impacto de mortes devido à doença e do medo de ser contaminado; grande circulação do vírus, visto que a cada 10 testagem para a Covid-19, quatro delas dão positivo para a doença; gravidade e transmissibilidade maior da nova cepa do vírus; maior tempo de internação em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI); mudança no perfil de público acometido pela doença; além da exaustão, estafa e da falta de profissionais de saúde e de leitos hospitalares.

“Hoje, temos a grande maioria dos internados abaixo dos 60 anos, com 20 a 40 anos de idade. Esses pacientes lutam mais e ficam mais tempo internados, porque têm menos comorbidades. Mas, a gente vê, muitas vezes, isso não tendo efeito, porque os jovens estão morrendo. Houve uma mudança de perfil de faixa etária muito grande, entre outras causas teve a vacinação dos idosos, a variante do vírus – que agora é mais forte – e evolui o quadro clínico de forma mais rápida e aguda, além do fato de que a população jovem se expõe mais. É dramático ver um jovem de 25 ou 30 anos morrer numa UTI depois de 30 dias internado”, disse o médico Cerci Neto.

Segundo o Painel COVID-19 de Londrina, quase 60 mil pessoas já se contaminaram pelo coronavírus no Município. Destes, 55.244 se recuperaram da doença, porém outros 1.448 morreram. O prefeito enfatiza o apelo para que a população, mesmo vacinada, continue a seguir as medidas de prevenção à Covid-19. O uso das máscaras faciais continua sendo obrigatório e a recomendação para lavar as mãos constantemente e usar álcool em gel a 70% ainda está valendo, assim como somente sair de casa quando for obrigatório.

As nove UBSs que passam a atender suspeita de Covid em Londrina, além da UPA Sabará, são estas:

Guanabara; Bandeirantes; Vila Ricardo; Maria Cecília, Chefe Newton; Milton Gavetti, Vila Casoni, Ernani Moura Lima, San Izidro.

(Com informações da Prefeitura de Londrina/NCom)

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