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Setembro Amarelo: preconceito e saúde mental

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O início da campanha Setembro Amarelo impõe uma importante reflexão: você já pensou que o preconceito pode afetar a saúde mental das pessoas com quem você se relaciona? A publicitária e palestrante Nana Datto reforça que tal debate é importante durante o ano inteiro e ganha ainda mais força durante o mês que marca a campanha de prevenção ao suicídio. 

Nana tem displasia óssea nas duas pernas e é uma pessoa com deficiência (PCD). Em diferentes momentos da vida, ela teve que lidar com o preconceito contra sua condição, o que chegou a provocar crises de ansiedade diante dos olhares de estranheza e das piadas sobre seu corpo. “Setembro Amarelo é uma campanha para nos lembrar, também, sobre a responsabilidade das nossas falas. Quem destila ódio e preconceito pode afetar – e muito – a saúde mental de outras pessoas. E isso não pode ser chamado de opinião”, reforça. 

Em suas palestras sobre Setembro Amarelo, a publicitária conta a própria história e reforça conceitos para valorização da diversidade. “Aceitar o outro é dever de todos. Mesmo que individualmente tenhamos ‘opiniões’, no coletivo é impositivo respeitar a diversidade e a inclusão. Não adianta cuidar da própria saúde mental e continuar negando quem é diferente”, critica, referindo-se a comportamentos lgbtqfóbicos, machistas, racistas, capacitistas e outras formas de preconceito. 

O tema “Setembro Amarelo e Inclusão” foi abordado por Nana Datto em ‘live’ com o psicólogo Gustavo Zancheta para marcar a adesão da palestrante à campanha de prevenção ao suicídio em 2021. Gustavo explicou que saúde mental não diz respeito a um estado de plenitude, mas sim a uma situação de equilíbrio consigo mesmo e com o mundo. 

“Ninguém é feliz sempre, os momentos de angústia e melancolia também fazem parte da vida. A saúde mental é muito afetada quando as pessoas se culpam por não serem felizes o tempo inteiro, o que gera angústia e frustração”, diz. 

O primeiro passo para manter a saúde mental, na análise do psicólogo, é não se comparar aos outros. “Somos únicos e não temos que nos adequar a um padrão pré-determinado, muito embora as redes sociais trabalhem para divulgar regras sobre como devemos ser ou agir”, afirma. Por outro lado, diante da desconfiança sobre prejuízos à própria saúde mental ou de pessoas próximas, lembre-se: procure ajuda especializada e considere fortemente fazer terapia. 

São fatores para os quais devemos estar atentos em relação à prevenção do suicídio: 

  • Mudanças bruscas de comportamento; 
  • Enfrentamento de problemas com difícil solução,
  • Abuso de álcool e drogas; 
  • Histórico familiar de suicídio.

Gustavo alerta que há registro de 1 milhão de suicídios por ano no mundo e pelo menos 12 mil deles ocorrem no Brasil. O tema é sério e precisa ser tratado com atenção e responsabilidade. Existem alguns comportamentos, porém, que previnem o adoecimento psíquico e podem ser adotados por todo mundo. Confira:

  • Faça atividades físicas;
  • Tenha uma rede de apoio que possa ouvir seus desabafos;
  • Desacelere: conheça e respeite seus limites; 
  • Invista em hobbies e momentos de lazer;
  • Mantenha uma dieta equilibrada;
  • SEMPRE procure ajuda profissional em caso de adoecimento emocional e ideação suicida. Considere fazer terapia.

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