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Londrina amplia oferta de leitos de UTI com repique da pandemia

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O prefeito Marcelo Belinati anunciou, em apresentação pela internet,  a reabertura de leitos hospitalares para o atendimento de pacientes com COVID-19 em Londrina. Segundo Marcelo, mais 20 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Coração (HC) serão reabertos, nesta semana, para o tratamento de pacientes com COVID-19. Além desses, na semana passada, o governo do Estado do Paraná autorizou a reabertura de outros 10 leitos de UTI adulta e nove leitos para a UTI pediátrica, além de 25 de enfermaria no Hospital Universitário da UEL.

No momento, diversas cidades do estado do Paraná, como Curitiba, Maringá e Foz do Iguaçu, vêm registrando altos índices de transmissibilidade da doença causada pelo novo Coronavírus, assim como a falta de leitos hospitalares para a internação de pacientes. Um exemplo citado pelo prefeito – durante o anúncio de domingo – foi o caso da capital paranaense, que está encaminhando pacientes para cidades do interior do estado, por falta de leitos para atender a demanda.

Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), há 457 pessoas em Londrina com o novo Coronavírus ativo, ou seja, que podem transmiti-lo para outros indivíduos. A cidade tem o menor número de casos ativos, em comparação com municípios como Curitiba (13.780); Maringá (3.760); Umuarama (2.318); Foz do Iguaçu (830) e Cascavel (562).

Além disso, com um índice de 27.714,74 casos positivos de COVID-19 por milhão de habitantes, Londrina apresenta níveis de infecção significativamente menores que os de Curitiba (44.500) e Maringá, que tem uma taxa de quase 40 mil doentes para o mesmo volume de habitantes. Já o Brasil está com um índice de 31 mil positivados para cada milhão de habitantes.

Para o secretário de Saúde, Felippe Machado, este fator influencia diretamente no índice de transmissão da doença, visto que aqui ele está em 1.16, sendo de 1.27 em Maringá e 1.36 em Curitiba. Isso significa que 100 pessoas contaminadas em Londrina transmitem o Coronavírus para outras 116 pessoas enquanto que, em Curitiba, 100 contaminados infectarão outros 136 indivíduos com os quais tiveram contato. “É um aumento exponencial de casos, por isso é difícil controlar a contaminação. O índice de mortalidade para os pacientes que vão para a UTI é de 30%, ou seja, a cada 10 pessoas internadas na UTI, três infelizmente acabam falecendo. Nós, aqui em Londrina, temos tempo para fazer com que não se perca o controle da doença no município”, explicou Machado.

Reprodução

Para o prefeito de Londrina, esses índices mais baixos devem-se às medidas preventivas colocadas em prática desde o início da pandemia. Pois, sem elas, dificilmente seria possível minimizar os impactos negativos da COVID-19. “Os resultados estão sendo colhidos agora que houve uma explosão no número de casos em muitas cidades do Brasil, inclusive no Paraná. Londrina não é uma ilha, mas está com muito menos casos positivos em razão das medidas que foram mantidas. Por isso, continuamos alertando para usar a máscara, lavar as mãos e não relaxar”, disse Marcelo.

Entre as medidas preventivas adotadas em Londrina, encontram-se as restrições ao funcionamento de bares, restaurantes, espaços para festas, parques e áreas públicas; implementação de aulas remotas para alunos da rede municipal de ensino e escolas privadas; limitação do horário de funcionamento de diversas atividades, assim como horários diferenciados para o funcionamento de shoppings, galerias comerciais e o comércio de rua; uso obrigatório de máscaras de proteção facial e recomendação da higienização constante das mãos, entre outras. “Mantivemos as medidas para proteger a vida das pessoas e não por outros motivos, porque nos guiamos pela ciência, pela medicina e pelos especialistas. Não vamos mudar nossa conduta em relação a isso”, reforçou o prefeito de Londrina.

Além dessas medidas, o Governo Estadual do Paraná publicou o Decreto 6294 (leia aqui), no dia 3 de dezembro, com o objetivo de conter o avanço acelerado da transmissão do novo Coronavírus nos 399 municípios paranaenses. Durante os próximos 15 dias, estão proibidas confraternizações e eventos presenciais que causem aglomerações com mais de 10 pessoas; assim como, das 23h às 5h, a circulação de pessoas nas ruas, a venda e o consumo de bebidas alcoólicas, entre outras medidas.

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