Início Cidade e Região “Observatório de Feminicídios” destaca morte de Márcia Aparecida dos Santos

“Observatório de Feminicídios” destaca morte de Márcia Aparecida dos Santos

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No dia 1º de maio de 2015, Márcia Aparecida dos Santos foi atingida por golpes de roçadeira e sangrou até morrer, na frente de dois filhos de 9 e 11 anos, no assentamento Eli Vive, em Tamarana, no Paraná. Seu marido, Donizete Alves Pereira, é acusado pelo crime de feminicídio por meio cruel. Muito embora as circunstâncias do crime sejam cruéis com a vítima e também com seus cinco filhos, que se tornaram órfãos e hoje vivem separados, o acusado ainda não foi julgado.

Ele está preso há seis anos e o julgamento está finalmente marcado para o dia 25 de maio de 2021. Diante da falta de celeridade da justiça e os efeitos da violência feminicida para vítimas indiretas, especialmente as crianças, filhos da vítima, o caso de Márcia é o assunto principal do Informe 2 do Néias Observatório de Feminicídios de Londrina. A análise completa está disponível no link https://sway.office.com/6tVxqGTb8wbFjMFU.

O Néias Observatório de Feminicídios de Londrina foi lançado em 29 de abril, por meio de uma iniciativa de um grupo de mulheres ativistas feministas do município, com o objetivo de consolidar-se como um dispositivo de ações de enfrentamento da violência contra as mulheres. O Observatório busca promover a participação da sociedade civil no acompanhamento das ações de formadoras/es de opinião, da administração pública e do sistema de justiça.

O lançamento do Observatório encontrou excelente repercussão e acolhida por parte da sociedade e de profissionais da imprensa. “A sociedade está sensibilizada para o problema da violência contra a mulher, incluindo o feminicídio. Porém, muitas vezes não dispõem de dados e informações qualificadas. Isso reitera a importância do nosso trabalho para a produção de informações tecnicamente embasadas e criticamente analisadas” pontua Silvana Mariano, uma das integrantes do Observatório.

Ela analisa que a receptividade ao trabalho atesta que há espaço para que esses casos sejam mais denunciados e expostos. “A exposição pode funcionar como um meio de prevenção”, afirma.

Acompanhe o trabalho do Néias Observatório de Feminicídios de Londrina no site:
https://www.observatorioneia.com/

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