Depois de ajustes técnicos e testes de luz, a Prefeitura de Londrina, por meio da Sercomtel Iluminação, concluiu a iluminação especial do monumento “O Passageiro”, no centro da cidade. A obra, que antes ficava no antigo entroncamento das avenidas Dez de Dezembro com a Leste-Oeste e Theodoro Victorelli, foi retirada do local para a construção do Viaduto Desembargador Édson de Jesus Deliberador – o viaduto da Dez de Dezembro – inaugurado na semana passada.
A escultura, obra do artista plástico ibiporaense Henrique Aragão, falecido há quase cinco anos, é conhecida informalmente como “Monumento ao Viajante”, e foi erguida em 1987 no antigo espaço. Por causa das obras do viaduto, a estrutura artística foi removida 125 metros do seu ponto original, e agora está posicionada no final da Rua Santa Catarina, confluência com a Rua Martiniano do Valle Filho, onde foi criado um mirante que dá uma visão privilegiada da região do viaduto. A estrutura foi posicionada num platô.
A nova iluminação consiste de seis postes ornamentais com luminárias LED de topo, de modelo similar ao implantado pela Sercomtel Iluminação nos lagos Igapó 2, Norte e Cabrinha. Segundo a gerente de Planejamento e Projetos da empresa, arquiteta e urbanista Marcela de Oliveira Ribeiro, a iluminação de destaque do monumento tem três projetores com lâmpadas de vapor metálico, fornecidos pela Secretaria Municipal de Obras, juntamente com os abrigos especiais que foram instalados no piso.
Monumento – “O Passageiro” tem uma escultura de 15 metros de altura, possui colunas de concreto que apoiam uma esfera de cinco metros, que está cortada em três secções e apoiam as duas figuras humanas e a semente, feitas em aço inoxidável. A esfera possui um metro de diâmetro e foi confeccionada em latão dourado.
Conforme disse o artista plástico Henrique Aragão, na ocasião de sua inauguração, as duas figuras humanas simbolizam os viajantes que procuram uma integridade interior e a unidade entre Eros (desejo) e Tânato (morte). Assim, o artista procurou retratar o que ele chama de “homem completo”.
Uma das figuras busca o interior, pois está voltada para dentro, e a outra busca uma interação com o infinito e com o cósmico, pois tem toda a sua abertura para fora. A semente que fica no centro do monumento significa, segundo o artista, “tudo o que se cria, tudo o que nasce e tudo o que se transforma”.