A UEL vem se articulando com a sociedade civil organizada de Londrina e com as Secretarias Municipal e Estadual de Saúde para que os exames laboratoriais de testagem da COVID-19 sejam realizados no Hospital Universitário (HU/UEL). Para a estruturação do novo serviço e, portanto a descentralização dos exames realizados apenas no LACEN em Curitiba, há necessidade da disponibilização dos kits laboratoriais para Londrina.
Este foi o teor de um ofício encaminhado nesta segunda-feira (30) à sociedade civil organizada, em resposta à solicitação feita à Universidade, neste final de semana, para que disponibilize laboratórios para a realização de testes na cidade.No documento o Gabinete da Reitoria afirma que toda a infraestrutura física e de pessoal está à disposição da população de Londrina e do Paraná para a realização dos testes.
O teor deste documento foi repassado também ao Deputado Estadual Tercílio Turini na última sexta-feira (28), durante visita ao Hospital Universitário (HU). O parlamentar ficou de mediar, junto ao governo do Estado, a demanda da UEL e de Londrina. “Estamos nos dispondo a apoiar toda a macrorregião de Londrina. Isto poderia ajudar a descarregar o sistema de saúde como um todo”, afirmou ele.
De acordo com o vice-reitor, que é professor e pesquisador do Departamento de Patologia, Análises Clínicas e Toxicológicas da UEL há 35 anos, toda a infraestrutura existente poderia ser utilizada para a realização dos exames, bastando a cessão dos kits. Um levantamento realizado pela equipe técnica demonstrou que estes testes custam em torno de R$ 77,00 a unidade, podendo ser adquiridos de importadores.
200 exames/dia – De acordo com o vice-reitor da UEL, a Universidade conta com o Laboratório de Biologia Molecular, integrado ao Hospital Universitário, que poderia ser utilizado com toda a segurança e facilidade de logística. Esse Laboratório poderia ter a atuação amplificada com equipamentos que viriam de outros locais, centralizando os exames no próprio hospital. Dessa forma, ele estima que a UEL poderia realizar até 200 testes/dia com a estrutura já existente.
“Por isso que é fundamental descentralizar os testes. Para termos agilidade suficiente porque enquanto se espera o resultado este leito não pode ser liberado para outro paciente”. Ainda de acordo com o vice-reitor, o teste em questão está relacionado à biologia molecular. O reagente serve para a extração do material genético (RNA). A partir disso, é utilizada a técnica de ampliação (LPPCR), ou seja, cópias desta amostra são criadas para se obter um diagnóstico exato em tempo real. Com o reagente em mãos, a equipe poderia realizar os testes imediatamente, prestando um serviço importante para desafogar as unidades referenciadas de toda a região. (Fonte: Agência UEL)