VCI SA investe na recompra de estoque durante a crise

Com a queda da Bolsa em mais de 43%, e com o lockdown do mercado, muitos consumidores entraram rapidamente em pânico e acabaram perdendo muito dinheiro com a precipitação de movimentos de venda de ações ou imóveis. Dentro desse cenário, visando a valorização das frações em multipropriedade que comercializa no país, a VCI SA optou pelo investimento de R$ 18 milhões para recomprar de clientes inadimplentes e que tendiam ao cancelamento. Um dos projetos da VCI no Brasil é o Residence Club at the Hard Rock Hotel Ilha do Sol, na região de Londrina. O empreendimento recebeu 14% dos recursos destinados à recompra. “Os clientes da região estão preferindo manter os investimentos em uma segunda residência de férias”, aponta o presidente da VCI, Samuel Sicchierolli.

Nos mesmos moldes que o Hard Rock Hotel Ilha do Sol, a empresa também tem um empreendimento na praia de Lagoinha em Fortaleza, no Ceará. Ambos os empreendimentos já tinham comercializado mais de R$ 600 milhões em Vendas em apenas 18 meses.

No mercado de ações, a prática da recompra por valor menor que o patrimônio líquido e abaixo das perspectivas da empresa já é um mecanismo utilizado com recorrência por várias empresas listadas. Porém, no imobiliário com a recompra de estoques não. Com o lockdown imposto pelo novo coronavírus, o volume de vendas mensal sofrerá uma queda natural, e a companhia aproveitou para fazer um movimento estratégico e um pouco inusitado para o mercado imobiliário.

A VCI SA tomou caminho diametralmente oposto aos concorrentes e recomprou as unidades aplicando o valor de desconto, conforme previsão da lei. Desta forma, a companhia não só melhorou seus indicadores econômicos como garantiu uma valorização do valor geral dos projetos, um movimento extremamente inovador e agressivo.

A fração de duas semanas mais barata em Fortaleza tinha preço inicial de R$ 43 mil e hoje está sendo vendida a R$ 77 mil, uma valorização superior a 44% em 18 meses. “Evidente que o movimento só foi possível porque boa parte das unidades do empreendimento hoteleiro de Fortaleza já estavam 95% comercializadas, havia recursos no caixa e em paralelo uma demanda reprimida de novos clientes. A companhia desembolsou pouco mais de R$ 18 milhões e recuperou um estoque superior a R$ 200 milhões, que teve valorização expressiva no período”, explica Sicchierolli.

Em relação ao empreendimento em Ilha do Sol, no Paraná, já havia ocorrido também uma valorização de 100% no valor das frações que foram migradas do projeto anterior para o novo projeto da VCI com a marca Hard Rock Hotel.

O executivo completa: “Acreditamos no nosso projeto, a crise é passageira e nossos planos são de longo prazo, a Rede Hard Rock tem contrato para operar os hotéis por no mínimo 40 anos e na remota eventualidade de não vendermos todas essas unidades, a companhia terá renda com a operação hoteleira”.

Para o Economista Eduardo Órfão, professor de Finanças Corporativas do curso de pós-graduação da FECAP (Fundação escola de Comércio Álvares Penteado), esse tipo de movimento conhecido no jargão do mercado como “Buy Back Program”, além de sinalizar que a empresa está capitalizada, mostra também que seus projetos têm retorno financeiro maior que qualquer outra aplicação que poderia fazer no momento. Para a empresa, o benefício pode ser a revenda a um preço superior, aumentando seu valuation e VGV como também reduzindo o stress com cobranças judiciais de valores em atraso.

“Sair vendendo o imóvel com uma perda nominal de 50% e ainda perder 44% de valorização é um movimento desesperado, e só justificado caso o comprador já estivesse com enormes dificuldades financeiras. O ideal, num caso assim, seria o cliente manter a posição ou tentar uma venda no mercado secundário, já que se trata de um imóvel com matrícula e relativa liquidez”, explica Órfão.

A aquisição de ações por companhias abertas é regulada pela CVM, na instrução 10 de Fev. 1980, mas não se aplica a esse caso, dado que a recompra é de estoque de apartamentos e não ações em circulação da empresa.

Segundo Eduardo Órfão, “o mercado imobiliário sempre significou um investimento de segurança, principalmente em momentos de grande volatilidade como o trazido por esta repentina crise. O modelo inovador da propriedade compartilhada, por trazer em si uma maior sustentabilidade e impactos positivos à sociedade, e pela sua valorização no mercado, vem mostrando-se ainda mais atraente mesmo que o objetivo seja renda futura ou revenda da unidade. O investidor brasileiro que tiver calma e disciplina se sairá muito bem”.

Já a VCI com esta atuação, além de consolidar sua liderança, ajudou a valorizar a fração imobiliária de seus clientes fiéis e confirmou a força de mercado dos seus projetos.

Sobre a VCI S.A.

A VCI é uma empresa brasileira de capital aberto fundada em 2012 que atua na incorporação, desenvolvimento, captação de fundos de investimento, construção e comercialização de empreendimentos hoteleiros de grande porte com marcas internacionais no Brasil no sistema de multipropriedade. Hoje, suas incorporações em desenvolvimento atingem um VGV de R$ 5 bilhões. É líder do mercado de multipropriedade no segmento de alto padrão no Brasil.

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